XP estuda fusão com Newco, companhia fruto da cisão do Itaú, e fazer proposta por ações com “supervoto”

XP estuda fusão com Newco, companhia fruto da cisão do Itaú, e fazer proposta por ações com “supervoto”

novembro 27, 2020 Off Por Today Newsroom

XP inc.

SÃO PAULO – A XP Inc. comunicou nesta sexta-feira (27) que iniciou estudos sobre as possíveis estruturas corporativas após o Itaú Unibanco (ITUB4) anunciar cisão de seu investimento na plataforma de investimentos, que será segregado em uma empresa recém-formada (Newco). Os estudos incluem uma possível fusão da nova companhia com a XP.

“A XP conduzirá estudos adicionais para finalizar, estruturar e garantir que atenda aos melhores interesses da XP e de seus acionistas”, afirmou a companhia em comunicado.

A Newco anunciada pelo Itaú deterá 41,05% do capital da XP, que passará a ser distribuído de forma proporcional aos atuais acionistas do banco.

A corretora, através da proposta que está em estudo, pode eliminar a holding que será criada, o que daria aos atuais acionistas do Itaú acesso direto aos papéis da corretora.

A XP tem dois tipos de ações: as de classe A, que são negociadas na Nasdaq e dão o direito a um voto cada, e as classe B, que pertencem aos controladores e dão direito a 10 votos. O Itaú é dono de 28% desses papéis com “supervoto” atualmente.

Vale destacar que, da forma como seria constituída, a Newco seria detentora de ações classe B da XP.

Já com a proposta de fusão, caso seja aprovada, a XP entregaria aos acionistas da Newco ações classe A da corretora ou recibos de ações (BDRs, na sigla em inglês). Desta forma, esses acionistas passariam a deter a participação diretamente.

Para os acionistas do Itaú, a operação de fusão faria com que o desconto das ações da holding (cujos principais ativos são participações em outras empresas) desaparecesse, com os papéis da companhia sendo precificados pela totalidade de seus ativos operacionais.

Hoje, a Newco tem como sócios a Itaúsa, que detém 37% do capital, e as famílias Setúbal, Moreira Salles e Vilella.

A XP destaca que o objetivo da fusão é eliminar potenciais conflitos de interesses: “A XP está buscando fortalecer sua estrutura de governança corporativa, incluindo ao eliminar quaisquer potenciais conflitos de interesse e maximizar seu potencial de alavancagem por meio da sua estrutura de capital, de forma que somente acionistas controladores detenham ações classe B, que têm maior poder de voto”, diz a companhia.

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