Varejo em SP acumula prejuízo de R$ 16 bilhões durante quarentena, diz Fecomercio

Varejo em SP acumula prejuízo de R$ 16 bilhões durante quarentena, diz Fecomercio

junho 5, 2020 Off Por Today Newsroom

Vista aérea da Avenida Paulista, na área central de São Paulo
Vista aérea da Avenida Paulista, na área central de São Paulo (Alexandre Schneider/Getty Images)

SÃO PAULO – Desde o início das medidas restritivas, que fecharam boa parte do comércio na cidade de São Paulo, o setor de varejo já perdeu quase R$ 16 bilhões, o que significa 6% de todo faturamento esperado para 2020.

Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que calcula um prejuízo diário de cerca de R$ 220 milhões, em média, durante os 72 dias de fechamento do comércio na capital.

A cidade de São Paulo foi enquadrada na zona laranja (fase 2), que permite a abertura em horários reduzidos e com 20% da capacidade de imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio de rua e shoppings centers.

O plano de retomada da economia no estado foi dividido em cinco fases e segue critérios baseados em indicadores como: número de leitos de UTI exclusivos para Covid disponíveis para cada 100 mil habitantes, média da taxa de ocupação de leitos dos últimos sete dias e a evolução da epidemia.

A reabertura regionalizada priorizou setores com maior vulnerabilidade econômica e empregatícia e dividiu o estado em cinco zonas de risco. As zonas foram definidas por ordem decrescente de gravidade e as prefeituras terão autonomia para flexibilizar as atividades dos setores estabelecidos em cada fase.

Uma das diretrizes impostas pela prefeitura de São Paulo é que os empresários façam testes para Covid-19 em seus funcionários antes de reabrir o comércio. No entanto, a FecomercioSP enviou um ofício questionando a adoção da medida, alegando que o “empresariado já passa por uma crise sem precedentes e tem dificuldade de manter os negócios, principalmente no momento da retomada”.

O documento enviado pede que o teste do quadro de funcionários seja recomendável, e não obrigatório.

A entidade também encaminhou à prefeitura de São Paulo uma série de propostas que seguem as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para reabertura do comércio, que incluem: o uso de equipamentos de proteção; disponibilização de álcool em gel e cartilha com as diretrizes sanitárias; funcionamento do transporte público em horário alternado para evitar aglomerações; separação de lixo com potencial risco de contaminação; e restrições aos serviços de valet nos estacionamentos.

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