Tesouro Direto: taxas de títulos públicos têm leve queda nesta quarta-feira

Tesouro Direto: taxas de títulos públicos têm leve queda nesta quarta-feira

setembro 30, 2020 Off Por Today Newsroom

Brazilian currency. Man playing three hundred Real bills.
(Rmcarvalho/Getty Images)

SÃO PAULO – Após a forte alta do dia anterior em meio ao noticiário político, as taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam em leve queda na manhã desta quarta-feira (30).

O papel indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,87% nesta tarde, ante 2,90% a.a. na terça-feira (30). Os prêmios pagos pelos títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, recuavam de 4,17% para 4,14% ao ano.

Entre os papéis prefixados, o com vencimento em 2023 oferecia hoje uma taxa de 4,79% ao ano, frente 4,81% a.a. anteriormente, enquanto o juro pago pelo Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 cedia de 7,81% para 7,75% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (30):

Fonte: Tesouro Direto

Cena doméstica

No Brasil, seguem no radar do mercado os próximos passos do governo em relação ao financiamento do programa Renda Cidadã.

Depois do mal estar gerado com o anúncio de que o programa usará recursos do fundo para educação básica (Fundeb) e verba de precatórios, o governo fez uma reunião de emergência na tarde de ontem e poderá rever as fontes de recursos, segundo o jornal Valor Econômico. No entanto, outras fontes do governo disseram que a proposta original será mantida.

Líderes de partidos da base do governo já discutem reservar uma parcela maior para os pagamentos dos precatórios no Orçamento do próximo ano, como forma de reduzir as críticas ao programa.

Além disso, está marcada para hoje a sessão do Congresso que vai analisar o veto do presidente Jair Bolsonaro à desoneração da folha salarial. De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, contudo, o governo deve agir para esvaziar a reunião e adiar a análise da proposta, na tentativa de evitar mais uma derrota.

Na agenda de indicadores, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) mostrou que a taxa de desemprego subiu para 13,8% no período de maio a julho – a mais alta da série histórica, iniciada em 2012.

No período, 7,2 milhões de postos de trabalho foram fechados, atingindo 13,1 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, a população desalentada (que desistiu de procurar emprego) também atingiu novo recorde: 5,8 milhões de pessoas.

Quadro internacional

No exterior, os investidores repercutem o debate caótico entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, do Partido Republicano, e Joe Biden, do Partido Democrata, na véspera.

Enquanto Trump interrompeu o adversário diversas vezes, Biden o chamou de “palhaço” e mandou o rival se calar. Com os ânimos tão exaltados há receio de que o resultado das eleições seja contestado. Trump sugeriu novamente que pode haver fraude nos votos pelos Correios e Biden o acusou de tentar assustar os eleitores, convencendo-os a não votar.

Ainda nos EUA, o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu uma contração de 31,4% no segundo trimestre de 2020 em termos anualizados, mostrou a terceira estimativa divulgada pelo Departamento de Comércio nesta quarta-feira (30).

Segundo o consenso Bloomberg, a expectativa mediana dos economistas para o dado era de queda de 31,7% no PIB. Foi a queda trimestral mais brusca da atividade da maior economia do mundo em pelo menos 70 anos, uma vez que não havia divulgação trimestral do PIB durante a Grande Depressão da década de 1930.

No mercado de trabalho, destaque para a criação de 749 mil vagas de emprego no setor privado em setembro, resultado acima da mediana das projeções dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para 649 mil novos postos de trabalho.

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