Tesouro Direto retoma negociações e taxas de títulos públicos caem

Tesouro Direto retoma negociações e taxas de títulos públicos caem

março 26, 2020 Off Por Today Newsroom

(Shutterstock)

SÃO PAULO – Em mais um dia marcado pela divulgação de indicadores fracos da economia brasileira, somado ao corte na projeção de crescimento do PIB em 2020 pelo Banco Central, o Tesouro Direto retomou suas negociações nesta quinta-feira (26), após duas horas suspenso.

Retomado o programa, as taxas dos títulos públicos apresentavam queda. Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava um juro real de 3,89% ao ano, ante 4,02% a.a. na tarde de quarta-feira (25).

Os prêmios oferecidos pelos títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, cediam de 4,52% para 4,40% ao ano.

Com relação aos papéis prefixados, o juro do título com vencimento em 2023 recuava de 5,89% para 5,63% ao ano. Já o Tesouro Prefixado 2026 pagava 7,44%, ante 7,92% a.a. ontem.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta quinta-feira (26):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário

Um dia após a divulgação de dados da inflação abaixo do esperado em março, hoje, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, mostrou um crescimento de 0,24% em janeiro na comparação com o mês anterior. O resultado ficou abaixo da expectativa mediana dos economistas compilada no consenso Bloomberg, que apontava para um avanço de 0,40%.

Em dezembro, o IBC-Br registrou uma contração de 0,27%. Já na base anual, o índice teve uma expansão de 0,69%, ante expectativa de avanço de 1,05%.

Em meio ao impacto econômico da pandemia de coronavírus, o Banco Central cortou sua projeção para o PIB brasileiro a zero em 2020, ante expectativa de crescimento de 2,2%, calculada em dezembro. A mudança consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (26).

No documento, a autoridade monetária voltou a reiterar que vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar, de 3,75% ao ano, mas ponderando que a maior variância de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos.

Dados americanos

Nos Estados Unidos, a atenção recai sobre os dados de pedidos de seguro-desemprego semanal e do PIB do quarto trimestre de 2019.

De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o número de pedidos de auxílio-desemprego no país disparou, de 282 mil, na semana encerrada no dia 13 de março, para 3,28 milhões na semana passada. O resultado veio acima da expectativa do consenso Bloomberg, que apontava para um aumento a 1,7 milhão de pedidos.

Já o PIB da maior economia do mundo cresceu à taxa anualizada de 2,1% no quarto trimestre de 2019, de acordo com o Departamento do Comércio americano, em linha com as expectativas do mercado.

Em 2019, a economia americana teve um avanço de 2,3%, o menor ritmo em três anos; em 2018 ,o crescimento foi de 2,9% e, em 2017, a alta foi de 2,4%.

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