Servidores públicos realizam manifestação contra mudanças do Ipesaúde

Servidores públicos realizam manifestação contra mudanças do Ipesaúde

julho 5, 2023 Off Por Today Newsroom

Ato público aconteceu em frente ao Ipesaúde (Foto: Portal Infonet)

Servidores públicos, da ativa e aposentados, estiveram em frente ao Ipesaúde na manhã desta quarta-feira, 05, para uma manifestação contra as mudanças propostas pelo Projeto de Lei 220/2023, aprovado na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).

A nova lei inclui alterações no sistema de coparticipação do IPES, além do aumento da contribuição de servidores e pensionistas do estado, que passa de 4% para 6% da remuneração. Serão autorizadas anualmente até 12 consultas médicas, inclusive para mulheres gestantes e dez atendimentos de urgência e emergência, entre outros.

“Nós estamos prevendo, com esse aumento exorbitante da contribuição que vai ocorrer a partir de julho, que muitos servidores ficarão impossibilitados financeiramente de continuar no Ipesaúde. Porque o aumento é de 50% para os servidores, e para os nossos dependentes chega a mais de 100%”, diz o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Roberto Silva.

As medidas também podem implicar em uma redução de salário, uma vez que o aumento da contribuição cobre o reajuste salarial de 2,5%, aprovado na Alese em maio deste ano. “Muitos servidores já estão saindo antes do aumento, quando ele se concretizar, a situação vai se agravar, isso poderá levar o Governo no futuro a acabar com o IPES, diante da impossibilidade financeira de manter o Instituto”, afirma.

Déficit financeiro

A ideia do ato é pela defesa do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe, e pela revogação das medidas previstas pela nova lei. Os trabalhadores questionam ainda, o déficit financeiro e as dificuldades do Ipesaúde de pagar as contas.

“Se tem um rombo de R$ 200 milhões como o Governo diz que teve, no nosso entendimento, quem tem que assumir o rombo é o tesouro estadual. No final do Governo Belivaldo, o rombo era de R$ 50 milhões, como que em um ano depois ele cresce para R$ 200 milhões? O Governador atual tem que solicitar ao Tribunal de Contas, uma investigação em relação à gestão que gerou o rombo, e não o servidor que já está com o salário rebaixado pagar a conta”, explicou o presidente do CUT.

Um abaixo-assinado do movimento sindical, que pede a revogação do PL 220, está sendo disponibilizado nas redes sociais da Central Única dos Trabalhadores. O objetivo da ação é solicitar ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas uma investigação em relação ao déficit financeiro da instituição.

Ipesaúde 

O Portal Infonet entrou em contato com o Ipesaúde.  Em nota, o presidente do Instituto, Cláudio Mitidieri, afirma que manifestar-se faz parte da democracia e é direito de todo cidadão.

Além disso, completou a fala dizendo que a reestruturação da instituição é necessária e, em breve, os resultados provarão isso, com a melhoria dos serviços e aumento do acesso.

por Beatriz Fernandes e Aisla Vasconcelos 

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