SANB11: O que esperar das ações do Santander após o balanço pela análise técnica?
outubro 26, 2023As ações do banco Santander (SANB11) recuaram 1,74%, nesta quarta-feira (25), cotadas a R$ 26,99, após a divulgação dos números do balanço do 3º trimestre, com lucro de R$ 2,73 bilhões – cifra 12,6% inferior à reportada um ano antes. Assim, os papéis do banco praticamente zeraram os seus ganhos acumulados em 2023, para leve alta de 0,78%.
Com base nesse desempenho, de acordo com o analista de investimentos e cofundador da Escola de Investimentos, Rodrigo Cohen, as units do banco ganham uma clara característica de “lateralização”, do ponto de vista da análise técnica. Segundo ele, SANB11 está sem tendência – seja de alta ou de baixa – há pelo menos dois anos.
“Quando olhamos para um prazo maior, observamos que o ativo está totalmente lateral, sem tendência definida”, aponta. Entretanto, essa lateralidade conta com um range – diferença entre os preços mais baixos e mais altos – em torno de 20%, o que pode abrir oportunidades de entrada e saída do ativo.
“Em SANB11, temos micro tendências, desde março de 2023. No candle 58 [veja no gráfico abaixo], o ativo fez fundo, batendo mais ou menos em R$ 24,25. Depois, subiu e, no candle 126, fez topo, que foi em julho. Isso representou uma alta em torno de 20%”, assinala ele.
Gráfico diário (SANB11): outubro de 2022 a outubro de 2023
Em resumo, Cohen destaca que o ponto máximo atingido desde julho de 2022 pelo ativo – ou seja, a resistência – foi de R$ 31,16, em 3/7/2023. No sentido inverso, a maior baixa, ou suporte, ocorreu em 15/12/22, quando recuou a R$ 24,26.
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“No geral, é um ativo que, pela análise gráfica, está sem tendência, inclusive batendo muito na média móvel central [traçada em preto no gráfico acima], que é a de 200 períodos; uma média que, geralmente, define tendência, mas que, por enquanto, não vejo nenhuma”, explica.
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SANB11: médio prazo
Partindo para análise de médio prazo, o analista pontua que o movimento de lateralização fica mais evidente.
Com base no gráfico semanal abaixo, se observa que, em dezembro de 2022 (candle 50), o ativo bateu a mínima, em torno de R$ 24,24.
Em seguida, se valorizou (candle 2), em janeiro deste ano, quase tocando a média móvel de 200 períodos – representada pela linha pontilhada, no gráfico abaixo.
Depois, recuou novamente ao suporte, buscando, novamente, a máxima do ano, em julho, a R$ 31,16, “margeando a média móvel de 200 períodos”.
Gráfico semanal (SANB11): julho de 2022 a outubro de 2023
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“Tudo isso é uma característica de um ativo sem tendência, totalmente lateral. O preço pareceu que ia romper [a resistência], mas não rompeu também. É um ativo bem difícil de se prever um ganho no longo prazo, com base nos últimos dois anos”, afirma.
Para ele, essa é uma ação a ser evitada no momento, pela possibilidade de perda de “custo de oportunidade.” “A única estratégia é comprar lá embaixo, nos R$ 24,25, e ir buscar um ganho nos R$ 30,50. Aí, sim, você tem aquele 20% de upside; mas sempre tem o risco de queda maior”, conclui.
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