Prêmios de títulos do Tesouro Direto recuam nesta quinta-feira

SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto recuam na manhã desta quinta-feira (13), após apresentarem forte alta no dia anterior.

No Brasil, a principal preocupação é com as medidas de cunho fiscal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer evitar que a regra do teto de gastos seja flexibilizada, embora ocorra, dentro do governo, uma pressão para o aumento de gastos como forma de lidar com a pandemia de coronavírus.

Outra agenda de Guedes é a criação da carteira de trabalho verde amarela, que permitiria a contratação de trabalhadores pelo regime de horas. O objetivo é estimular a criação de novas vagas.

Vale destacar que, na véspera, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com Guedes e com os presidentes da Câmara e do Senado para mostrar apoio ao ministro e defender o teto de gastos, em uma iniciativa após a reação negativa do mercado à debandada de secretários, diante do receio de desidratação da agenda liberal.

Entre os indicadores domésticos, o volume de serviços cresceu 5% em junho, ante maio, após quatro meses de queda, relevou nesta manhã a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a junho do ano passado, o volume de serviços caiu 12,1%. Com o resultado, o setor passa a acumular queda de 8,3% no ano até junho. Em 12 meses, o recuo é de -3,3%.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 6,31% ao ano, ante 6,45% a.a. na quarta-feira (12). O prêmio pago pelo mesmo papel com juros semestrais e vencimento em 2031, por sua vez, cedia de 7,16% para 6,99% ao ano.

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Entre os títulos indexados à inflação, o papel com prazo em 2026 pagava uma taxa anual de 2,22%, frente 2,28% a.a. anteriormente, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+2035 recuava de 3,73% para 3,65% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (13):

Cena externa

No ambiente internacional, os investidores monitoram os dados de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que somaram 963 mil na semana passada. O número veio abaixo da mediana das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para 1,1 milhão de requisições no período.

Esta foi a primeira vez desde março que os números de pedidos vieram abaixo de 1 milhão.

Nos EUA o mercado também segue de olho na continuidade das negociações entre democratas e republicanos para a aprovação de um pacote de estímulos, no valor de US$ 1 trilhão, contra os impactos da pandemia.

“O mercado de ações nos Estados Unidos e em outros lugares está se conformando com o fato de que os dados econômicos mostram resiliência aos picos de infecção”, disse, à Bloomberg, Kit Juckes, estrategista do Societe Generale.

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