A desmobilização dos leitos do Hospital de Campanha, em Aracaju, já está em pauta no âmbito municipal, embora a Prefeitura encare com cautela uma tomada de decisão. A Secretaria Municipal de Saúde entende como fundamental aguardar até a próxima semana para avaliar os impactos que o processo de flexibilização das atividades comerciais pode gerar na saúde, com possíveis novos casos de Covid-19 em massa.
Criado para ofertar até 152 leitos, o Hospital de Campanha nunca chegou a ofertar sua capacidade máxima, por causa da falta de profissionais para preencher todas as equipes médicas. A Município chegou a contratar médicos estrangeiros e com registros provisórios, mas a medida foi derrubada pela Justiça Federal e o recurso da Prefeitura não teve efeitos. Atualmente o Hospital está com 40 leitos em operação, com 25 respiradores.
Com a queda na taxa de ocupação dos leitos, nos últimos dias, a desmobilização de alguns leitos começou a ser discutida pelas autoridades. No âmbito estadual, o governador Belivaldo Chagas afirmou que a partir de setembro começaria e encerrar contratos com hospitais particulares e estudar a desativação de leitos de UTI sob gestão do Estado. A Prefeitura de Socorro também já afirmou que vai desmontar o Hospital de Campanha.
Aracaju agora analisa possíveis ondas de contaminação, como observadas em outros estados que fizeram processo de flexibilização semelhante, para anunciar sua decisão.
Por Ícaro Novaes