Petrobras aprova plano estratégico com capex de US$ 55 bi entre 2021 e 2025; Oi inicia série de leilões e mais notícias

Petrobras aprova plano estratégico com capex de US$ 55 bi entre 2021 e 2025; Oi inicia série de leilões e mais notícias

novembro 26, 2020 Off Por Today Newsroom

SÃO PAULO – Em destaque no noticiário corporativo desta sessão, está a Petrobras, que divulgou seu plano estratégico para o quinquênio 2021-2025. Já a Oi inicia leilão para venda de seus ativos nesta quinta-feira (26). Confira no que mais ficar de olho:

A Petrobras divulgou seu plano estratégico para o quinquênio 2021-2025, com previsão de investimentos (capex) de US$ 55 bilhões, dos quais 84% estão alocados à Exploração e Produção de petróleo e gás (E&P). A estatal tem como meta também reduzir sua dívida bruta para US$ 60 bilhões em 2022 e terminar 2025 com volume de produção de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (BOED).

Dos US$ 46 bilhões de investimentos em E&P, cerca de US$ 32 bilhões serão destinados para os ativos do pré-sal. “A escassez de capital impõe competição entre projetos para a obtenção de ‘funding’, sendo aprovados somente os que são resilientes ao preço de petróleo Brent de US$ 35/bbl”, ressaltou a empresa.

Desta forma, a previsão é de entrada em operação de 13 novos sistemas de produção, sendo todos alocados em projetos em águas profundas e ultra profundas. Assim, a petrolífera estima produção de 2,75 milhões de boe/d em 2021 e de 2,9 milhões em 2022.

Para 2023, a expectativa é de produção de 3,1 milhões de boe/d. Já em 2024 e 2025, a previsão é de 3,3 milhões boe/d.

“A produção de óleo para 2021 reflete os impactos associados a covid-19 e os desinvestimentos ocorridos em 2020. Consideramos uma variação de 4% para mais ou para menos para a produção de 2021”, explicou a Petrobras em comunicado.

Em relação à desalavancagem, a estatal destaca que de janeiro de 2019 a setembro de 2020, mesmo com os impactos da covid-19 e do choque do petróleo em 2020, conseguiu reduzir a dívida bruta em US$ 31 bilhões, mantendo a meta de atingir US$ 60 bilhões em 2022.

“A diminuição da dívida e a desalavancagem financeira continuarão a ser prioritárias, sendo a geração de caixa operacional e os desinvestimentos fundamentais para esses fins”, pontuou a companhia, acrescentando que o portfólio de desinvestimentos contém no momento mais de 50 ativos em diferentes estágios do processo de venda.

A empresa afirma ainda que o plano estratégico mantém os cinco pilares que atuam na sustentação para a implantação do conjunto de estratégias: maximização do retorno sobre o capital empregado; redução do custo de capital; busca incessante por custos baixos e eficiência; meritocracia e segurança, saúde, respeito às pessoas e ao meio ambiente.

O plano apresenta também quatro métricas de topo que deverão impactar diretamente a remuneração não só dos executivos, mas de todos os empregados da companhia em 2021, como a Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (IGEE), volume vazado de óleo e derivados (VAZO), dívida bruta de US$ 67 bilhões em 2021 e delta do EVA (ferramenta de gestão Economic Value Added) consolidado de US$ 1,6 bilhão.

A Petrobras informou na quarta que aumentará o preço da gasolina em suas refinarias em 4% em média a partir desta quinta, enquanto o diesel terá elevação de 5%. O aumento é o segundo aplicado pela estatal em novembro para os dois combustíveis, após reajuste realizado no dia 12, quando subiu o valor da gasolina em 6% e o do diesel em 5%.

Com o novo reajuste, o preço médio da gasolina nas refinarias da petroleira passa a ser de R$ 1,73 por litro. O litro do diesel passa a custar em média R$ 1,87.

A Oi inicia hoje série de leilões para a venda de ativos e a reorganização da empresa, em recuperação judicial. O objetivo é levantar, ao todo, mais de R$ 20 bilhões para pagar credores e investir no que passará a ser uma operadora focada em fibra ótica para banda larga e serviços de telecomunicações para empresas.

Os leilões das torres e dos data centers acontecerão nesta quinta-feira e o das redes móveis será no dia 14 de dezembro.

Nesta quinta, em virtude da pandemia, os leilões ocorrerão através de audiências virtuais presididas pelo juízo da recuperação judicial, a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

O primeiro deles será às 14h30 com a oferta do conjunto de cinco data centers da operadora. Esse ativo recebeu o lance de R$ 325 milhões da Piemonte Holding, gestora sediada no Rio de Janeiro e dona de uma carteira de mais de R$ 120 milhões em investimentos focados no ramo de data centers.

O segundo leilão será às 15 horas e se refere ao conjunto de 637 torres móveis e 222 antenas indoor (usadas em prédios comerciais, como shoppings e hotéis). Já está na mesa a oferta de R$ 1,067 bilhão da Highline do Brasil, provedora de infraestrutura de telecomunicações pertencente ao fundo norte-americano Digital Colony, um peso-pesado com mais de US$ 20 bilhões em investimentos globais.

Carrefour (CRFB3)

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul pede indenização de R$ 200 milhões para o Carrefour e o Grupo Vector de Segurança, pela morte de João Alberto Silveira Freitas, cidadão negro assassinado por seguranças brancos no estacionamento de uma unidade da rede varejista, no dia 19, véspera do Dia da Consciência Negra.

O Carrefour comunicou não ter sido citado oficialmente para os termos das ações e se colocou à disposição dos órgãos para contribuir com todas as informações necessárias.

Já o Grupo Vector informou que demitiu os seguranças envolvidos no assassinato e que tomará medidas cabíveis para auxiliar nas investigações. A empresa disse em nota, que “não tem conhecimento da ação (…), pois não foi comunicada formalmente” e que “somente poderá se pronunciar a respeito assim que intimada pela autoridade competente para responder os seus termos”.

ES Gás

O Espírito Santo planeja abrir mão do controle de sua empresa de distribuição de gás por meio da venda de 25% das ações da companhia em uma operação na B3, a bolsa de valores de São Paulo, disseram autoridades locais à agência internacional de notícias Reuters na quarta.

O governo do Estado possui atualmente 51% da ES Gás. A distribuidora de combustíveis BR Distribuidora possui a fatia restante, mas também irá vender 25%, afirmou à Reuters o governador capixaba, Renato Casagrande (PSB), antes de anunciar na quinta-feira a privatização da companhia.
“Nós vamos vender parte da empresa através do mercado de ações, pelo menos 25%, e a BR Distribuidora vai fazer o mesmo”, disse o governador em uma entrevista por telefone. “Vamos privatizar a empresa, repassar o controle”, acrescentou.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está sendo contratado para elaborar o plano de privatização da distribuidora de gás, afirmou Casagrande.

Entre as opções está uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) tradicional, segundo Heber Resende, presidente-executivo da ES Gás. Ele acrescentou, porém, que é mais provável que a participação na empresa seja vendida a um investidor único ou a um grupo de investidores.
Entre os compradores que ele vê como prováveis interessados no ativo estão fundos de pensão ou infraestrutura com foco em rendimentos de longo prazo e baixo risco. Eles provavelmente estariam associados a empresas com experiência nas operações de distribuição de gás, disse.

Cedae

Ao menos 17 bairros da cidade do Rio de Janeiro, onde moram cerca de um milhão de pessoas sofrem há mais de uma semana com o abastecimento irregular, ou desabastecimento completo de água. O problema se iniciou no dia 17, quando um motor em Senador Vasconcelos quebrou. Outro equipamento já estava em pane, e o de reserva estava em manutenção.

O jornal O Globo estampa em chamada de capa que a crise ocorre às do lançamento do edital de licitação da concessão dos serviços de distribuição de água da Cedae (Companhia Estadual de Águas do Estado da Guanabara), marcado para o dia 18 de dezembro. A Cedae afirma que o conserto pode levar até 25 dias para ser concluído. Até lá deve ocorrer rodízio entre os bairros.

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No momento, BNDES e o governo do Rio discutem os parâmetros para precificar a água que será vendida pela Cedae aos concessionários que vencerem os leilões. O modelo de venda elaborado pelo BNDES prevê que a captação continue estatal, com a divisão dos serviços de água e esgoto em quatro grandes blocos.

O BNDES afirma que a concessão da Cedae será o maior projeto de infraestrutura do país, com investimentos de R$ 31 bilhões na universalização de serviços, somados a R$ 10,6 bilhões em bônus de outorga mínimo.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

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