Novo teto do consignado do INSS fica abaixo dos custos de parte dos bancos, diz Febraban

Novo teto do consignado do INSS fica abaixo dos custos de parte dos bancos, diz Febraban

agosto 18, 2023 Off Por Today Newsroom

O novo teto para os juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, de 1,91% ao mês, fica abaixo dos custos que parte dos bancos tem para oferecer a linha, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A entidade diz que não houve diálogo sobre a proposta de redução do teto, e que o movimento pode comprometer a oferta do consignado.

“A decisão do Conselho de Previdência Social de reduzir o teto dos juros do consignado para beneficiários do INSS de 1,97% para 1,91% coloca o produto em patamar abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha de crédito, o que pode comprometer a estrutura de custos desse canal de financiamento”, diz a entidade, em nota.

A Febraban afirma que, na reunião do CNPS, votou contra a proposta e manifestou preocupação com seus efeitos para camadas de menor renda da população. Segundo a Federação, o acesso à linha para este público pode se tornar mais difícil.

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“Caberá a cada instituição financeira, diante de sua estratégia de negócio, avaliar a conveniência de concessão do consignado para os beneficiários do INSS no novo teto de juros fixado pelo Conselho de Previdência”, diz a Febraban.

Em março, o CNPS baixou o teto da modalidade de 2,14% ao mês para 1,70%, e os bancos interromperam as concessões sob o argumento de que a taxa as tornava inviáveis.

À época, a Caixa e o Banco do Brasil, controlados pelo governo e que são grandes players nessa linha de crédito, também interromperam as concessões pelos mesmos motivos. A retomada veio semanas depois, quando o teto foi aumentado para 1,97% ao mês.

A Febraban afirma que as iniciativas geram distorções relevantes nos preços de produtos financeiros e têm efeito contrário ao pretendido. A entidade afirma ainda que a proposta só foi encaminhada aos bancos um dia antes da reunião do CNPS, o que denota falta de diálogo.

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“Estando na contramão de outras áreas do governo, que têm debatido com o setor bancário melhorias do ambiente de crédito, melhor seria se o Ministério da Previdência Social tivesse prestigiado o debate e a racionalidade econômica em linhas que são fundamentais para o consumo das famílias”, afirma a Febraban.

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