No 3º mês de resgates, Tesouro Direto tem saída líquida de R$ 168,5 milhões em setembro
outubro 23, 2020
SÃO PAULO – Pelo terceiro mês consecutivo, o Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal, ficou no vermelho, após encerrar setembro com resgate líquido de R$ 168,5 milhões.
O resultado, que é melhor que o registrado em agosto, quando houve uma saída líquida de R$ 1,14 bilhão, se deve às vendas de R$ 1,86 bilhão e às recompras de R$ 2,02 bilhões.
Segundo boletim mensal divulgado nesta sexta-feira (23), após perder a preferência dos investidores em agosto, o Tesouro Selic voltou a ser o título mais demandado no último mês, com cerca de 40% das vendas no período.
Na sequência estão os papéis indexados à inflação, com 35,4%, e os prefixados, com participação de 24,7% nas vendas.
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Investidores seguem dando preferência a papéis de vencimentos mais curtos. Em setembro, os títulos com vencimento entre um e cinco anos lideraram as vendas, com 45,6% do total.
Os papéis com prazo entre cinco e dez anos representaram 27,8%, enquanto aqueles mais longos, acima de dez anos, ficaram com 26,7% das vendas no mês.
Estoque e investidores
De acordo com o Tesouro, foram realizadas cerca de 403,2 mil operações em setembro, uma queda de 3,9% ante agosto e de 5,6%, na base anual.
Já o estoque do programa alcançou um montante de R$ 61,5 bilhões, um leve aumento de 0,4% em relação ao mês anterior, e um crescimento de 4,6% ante setembro de 2019.
Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, com 48,8%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 31,6% e, por fim, os papéis prefixados, com 19,6%.
No que tange ao número de investidores ativos, isto é, aqueles atualmente com saldo em aplicações no programa, o total chegou a 1.359.609 no último mês, um aumento de 18% nos últimos 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 15 mil novos investidores ativos.
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