Fundo imobiliário Bresco Logístico (BRCO11) se destaca em temporada de reavaliação de imóveis, aponta Itaú BBA; Ifix estável
janeiro 13, 2022
Cumprindo determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os fundos imobiliários realizam anualmente reavaliação dos imóveis, atualizando o valor justo dos espaços. Na temporada atual, o destaque ficou para o Bresco Logística (BRCO11), de acordo com levantamento do Itaú BBA.
Para garantir a isenção na análise, o estudo é feito geralmente por uma consultoria imobiliária independente e o resultado da reavaliação impacta diretamente no valor patrimonial das cotas dos FIIs negociadas na Bolsa.
Nos últimos meses, vários fundos imobiliários realizaram a avaliação e, entre os FIIs monitorados pelo Itaú BBA, o Bresco teve o patrimônio líquido elevado em 9%, encabeçando a lista de reavaliação dos portfólios. Há quatro meses, o fundo é o mais recomendado pelas corretoras.
Na outra ponta da lista, aparece o XP Corporate Macaé (XPCM11) com ajuste para baixo de 20,7%.
Fonte: Itaú BBA
O portfólio do XP Macaé é formado por um único imóvel que foi desocupado em dezembro de 2020 e desde então a vacância do fundo está em 100%.
“Por mais que o ativo em Macaé possua alguma qualidade técnica, a região em que se encontra atravessa por um período extremamente desafiador”, aponta o relatório do Itaú BBA assinado por Larissa Nappo, analista da instituição. “Ter um portfólio de qualidade, bem localizado e com locatários de ponta ajuda a gerar valor ao longo do tempo”, conclui o documento.
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No final de 2021, o Central de FIIs acompanhou a temporada de reavaliação dos imóveis dos fundos imobiliários. Entre os FIIs monitorados, o destaque ficou com o CSHG Prime Offices (HGPO11), com uma valorização de mais de 11%.
A carteira do fundo é composta por dois ativos na região da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo (SP): o edifício Metropolitan, com 10 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), e o Platinum, com 2,3 mil metros quadrados.
IFIX Hoje
Na sessão desta quinta-feira (13) o IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – opera na estabilidade. Às 11h23, o indicador tinha leve alta 0,02%, aos 2.764 pontos. Ontem, o índice fechou em alta de 0,37%. Confira os destaques de hoje:
Maiores altas desta quinta-feira (13):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
BLMR11 | Bluemacaw Renda+ FOF | Títulos e Val. Mob. | 2,24 |
RZAK11 | Riza Akin | Títulos e Val. Mob. | 1,17 |
ALZR11 | Alianza Trust Renda | Logística | 1,14 |
XPPR11 | XP Properties | Outros | 1,1 |
SNFF11 | Suno FoF | Outros | 0,93 |
Maiores baixas desta quinta-feira (13):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
XPML11 | XP Malls | Shoppings | -1,73 |
VTLT11 | Votorantim Logistica | Logística | -1,7 |
FIGS11 | General Shopping | Shoppings | -1,25 |
XPCI11 | XP Credito Imobiliario | Outros | -1,09 |
HGBS11 | Hedge Brasil Shopping | Shoppings | -0,92 |
Fonte: B3
Mogno e BTG Logística revisam condições de acordo; Mauá Hedge Fund abre mão da taxa de performance de dezembro
Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:
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Mogno Logística (MGLG11) e BTG Logística (BTLG11) redefinem pagamento de acordo entre os fundos
Os fundos Mogno Logística e BTG Pactual Logística revisaram as condições para o pagamento da última parcela de uma negociação que envolveu quatro imóveis no ano passado.
Em maio de 2021, o BTG Logística vendeu para o Mogno os imóveis Itambé São Paulo, Supermarket Rio de Janeiro, Magna Vinhedo e Ceratti Vinhedo.
Os espaços foram negociados por R$ 168 milhões, montante que seria pago em três parcelas. O último pagamento, de R$ 42 bilhões, estava previsto para este mês.
Nesta quarta-feira (12), os fundos assinaram aditivo no contrato que autoriza o desmembramento da última parcela do acordo. Agora, o Mogno pagará R$ 30 milhões até o dia 31 de janeiro e o restante da dívida deverá ser quitado até o dia 31 de julho de 2022, corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Inicialmente, o BTG Logística previa que a venda dos quatro imóveis elevaria a receita do fundo em aproximadamente R$ 4,88 por cota.
Gestora do Mauá Hedge Fund (MCHF11) abre mão da taxa de performance de dezembro e eleva dividendos em R$ 0,10 por cota
Em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (12), a Mauá Capital Real Estante, gestora do fundo Mauá Capital Hedge Fund, anunciou ao mercado que renunciou, de forma voluntária, ao recebimento de parte da taxa de performance apurada no mês de dezembro.
No documento, a gestora explica que a iniciativa busca o melhor alinhamento com os interesses dos cotistas.
A medida prevê um acréscimo de R$ 816 mil na distribuição de dividendos do Mauá Capital Hedge Fund, equivalente a R$ 0,10 por cota.
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A gestora lembra que a taxa de administração voltará a ser cobrada normalmente após a renúncia de dezembro, conforme prevê o regulamento do fundo.
Dividendos de hoje
Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta quinta-feira (13):
Ticker | Fundo | Rendimento (R$) |
VCJR11 | Vectis Juros Real | 1,55 |
KNIP11 | Kinea Índice De Preços | 1,5 |
KNHY11 | Kinea High Yield Cri | 1,5 |
KNSC11 | Kinea Securities | 1,45 |
KNCR11 | Kinea Rendimentos Imobiliários | 0,82 |
Fonte: InfoMoney
Giro imobiliário: Redução de horário de funcionamento volta a ameaçar shoppings
A Ablos (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites) iniciou um debate. Trouxe a público um pedido de redução de horário de funcionamento em shoppings no país nas próximas semanas. O comunicado da entidade, do último domingo (8), chacoalhou o setor.
A medida, segundo a Ablos, ajudaria os varejistas a lidar com o problema da falta de funcionários que estão, dia após outro, sendo infectados pelo coronavírus ou gripe e precisando se afastar das funções.
A notícia foi dada pela coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo, e reflete a preocupação do setor com o aumento de contágio e possíveis medidas de contenção de disseminação da doença que, nesta segunda-feira (10), registrou um novo recorde de casos no mundo em 24 horas: 3,2 milhões de infecções, de acordo com dados da Our World in Data, projeto ligado à Universidade de Oxford, do Reino Unido.
Diante do panorama atual, seria o momento de fechar o comércio novamente para tentar reduzir a disseminação? Para a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), a resposta é não. Ao menos, por enquanto.
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