Em dia de Copom, taxas de títulos do Tesouro Direto têm alta no início dos negócios

Em dia de Copom, taxas de títulos do Tesouro Direto têm alta no início dos negócios

outubro 28, 2020 Off Por Today Newsroom

SÃO PAULO – Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), com a sinalização de manutenção da taxa Selic em 2% ao ano, os títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentam alta na abertura dos negócios.

Pesquisa da XP Investimentos com 32 gestores de fundos multimercado macro mostra uma expectativa generalizada de juros intactos no encontro desta quarta-feira, porém, diante de previsões inflacionárias cada vez mais altas, o mercado vê um aumento na taxa básica de juros já no próximo ano.

Uma parcela de 65,6% dos gestores consultados espera que a Selic suba em 2021, com metade acreditando que a alta se dará entre o terceiro e o quarto trimestre.

Segundo o levantamento, a expectativa mediana aponta para inflação de 3,2% em 2020, uma piora em relação aos 2% do levantamento anterior, em setembro.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava uma taxa anual de 5,18% nesta manhã, ante 5,09% a.a. na tarde de terça-feira (27). O juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, avançava de 7,35% para 7,46% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com prazo em 2026 oferecia um prêmio anual de 3,08%, frente a taxa de 3,04% ao ano anteriormente. Já a taxa do Tesouro IPCA+ 2035 subia de 4,17% para 4,23% ao ano.

No caso do Tesouro Selic, a taxa de deságio permanece praticamente estável em relação à apresentada anteriormente, em torno de 0,19%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (28):

Fonte: Tesouro Direto

Quadro internacional

No exterior, o dia é marcado por uma maior aversão ao risco em meio ao crescente aumento no número de casos de coronavírus na Europa, China e nos Estados Unidos.

No velho continente, as autoridades vêm instituindo novas restrições nas últimas semanas. A França registrou 52 mil novos casos no domingo, e dois terços da população do país já vivem sob um toque de recolher noturno.

De acordo com a imprensa francesa, o presidente Emmanuel Macron deve anunciar novas medidas de contenção do vírus hoje à noite, e há especulação sobre a possibilidade de estabelecer um novo lockdown em certos locais do país.

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Também contribui para o sentimento negativo dos mercados a afirmação do presidente americano, Donald Trump, de que não haverá pacote de estímulos antes das eleições presidenciais, em 3 de novembro.

Segundo dados da universidade Johns Hopkins, a média móvel de novas infecções pela Covid-19 nos EUA atingiu um recorde de 69.967.

Política e balanços do 3º tri

No Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, na segunda-feira (26), durante evento virtual da Academia Brasileira de Direito Constitucional, que acordos políticos têm dificultado o andamento das privatizações.

Em resposta a Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que quem tem paralisado os trabalhos da Câmara é a própria base do governo.

Por fim, no noticiário corporativo, os investidores monitoram os balanços do terceiro trimestre da Vale (VALE3), da Petrobras (PETR3; PETR4) e do Bradesco (BBDC3; BBDC4), após o fechamento do pregão.

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