Economias de países europeus sobem acima do esperado no 3º tri, mas 2ª onda da pandemia lança sombra sobre o futuro
outubro 30, 2020
SÃO PAULO – Uma bateria de divulgação dos Produtos Internos Brutos (PIB) de países da União Europeia mostrou a dimensão da retomada econômica do bloco depois do crash do coronavírus. Porém, o impacto atual da segunda onda da pandemia acaba gerando preocupações para os próximos resultados.
A Alemanha, maior economia do continente, registrou uma expansão de 8,2% no seu PIB no terceiro trimestre. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 6,8% no período.
Na comparação anual, o PIB da maior economia europeia teve contração de 4,3% entre julho e setembro. Neste caso, o consenso do mercado era de queda de 5,7%.
A Destatis também revisou levemente o PIB alemão do segundo trimestre ante o primeiro, de retração de 9,7% para declínio de 9,8%.
Já na França, o PIB cresceu 18,2% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 15% no período.
No segundo trimestre, a economia francesa encolheu em ritmo recorde de 13,7%, dado que foi revisado de queda de 13,8% originalmente. Já na comparação anual, o PIB francês apresentou retração de 4,3% entre julho e setembro, informou o Insee.
A Itália, por sua vez, teve um crescimento de 16,1% do PIB em comparação com o segundo trimestre deste ano, segundo mostram dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pelo instituto de estatísticas do país, o Istat. O resultado surpreendeu analistas consultados pelos The Wall Street Journal, que projetavam uma expansão de 10,6%.
Na comparação anual, o PIB italiano contraiu 4,7% ante o 3º trimestre de 2019, número que também superou as estimativas dos especialistas, de -10,2%. O acumulado de 2020 do índice agora apresenta queda de 8,2%. O Istat também revisou os dados do segundo trimestre de 2020. O PIB da Itália contraiu 13% no período, ante uma primeira estimativa de queda de 12,4%.
Quem também divulgou o dado hoje foi a Espanha, que registrou uma expansão de 16,7% no PIB. de acordo com dados preliminares divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 13,5% do PIB espanhol no último trimestre.
Na comparação anual, o PIB da Espanha sofreu queda de 8,7% entre julho e setembro. Neste caso, a projeção era de retração de 15,2%. No segundo trimestre, a economia espanhola sofreu contração de 17,8% ante os três meses anteriores, diante das medidas de confinamento adotadas para tentar conter a pandemia do novo coronavírus.
Somando toda a região de moeda única, o PIB da zona do euro cresceu 12,7% no terceiro trimestre de 2020 ante o segundo, de acordo com dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 9,4% no período.
Na comparação anual, o PIB do bloco sofreu contração de 4,3% entre julho e setembro, bem menor do que a queda de 7% projetada pelo mercado. No segundo trimestre, o PIB da zona do euro teve retração de 11,8% ante os três meses anteriores, diante dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
(Com informações da Agência Estado)
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