CSN tem lucro líquido de R$ 445,9 milhões no 2º trimestre, queda de 76,4%
julho 28, 2020Com um trimestre refletindo os efeitos da pandemia do covid-19, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reportou um lucro líquido de R$ 445,9 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 76,4% ante o observado no mesmo intervalo do ano passado. O resultado, contudo, reverte prejuízo de R$ 1,312 bilhão visto nos três primeiros meses do ano.
Apesar do resultado no segundo trimestre e os efeitos na operação, a CSN (CSNA3) informou em suas notas explicativas que não espera impactos significativos em seu negócio.
“A Companhia continua avaliando permanente e detalhadamente os efeitos causados pela covid-19 em seus negócios, uma vez que a partir da última semana de março as atividades econômicas no Brasil foram reduzidas drasticamente, tendo sido impostas restrições e medidas de distanciamento social com a finalidade de reduzir a circulação do vírus. Algumas dessas restrições vêm sendo gradativamente flexibilizadas pelas autoridades e a Companhia não espera impactos significativos em seus negócios”, destaca no documento.
No segundo trimestre, a CSN viu sua venda de aço cair 14% na relação anual, para 1,003 milhão de toneladas. Em relação aos três meses anteriores, o recuo foi de 12%. Ao contrário do primeiro trimestre, o período de abril a junho foi integralmente afetado pela pandemia do covid-19, que colocou o País em distanciamento social.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,925 bilhão de abril a junho, recuo de 19% no comparativo anual e aumento de 45% em relação ao visto de janeiro a março.
A receita líquida, por sua vez, chegou em R$ 6,221 bilhões no período analisado, retração de 10% em relação ao mesmo período do ano passado e aumento de 17% ante o trimestre imediatamente anterior. A rentabilidade medida pela margem Ebitda foi de 29,7%, ante 33,5% no segundo trimestre de 2019 e de 24,1% nos três primeiros meses de 2020.
Projeções
A CSN atualizou suas projeções de nível de alavancagem, medida na relação dívida líquida/Ebitda ajustado. Para o final deste ano, a siderúrgica espera atingir 3,75 vezes, e para o fim de 2021, o patamar esperado pela empresa é de 3 vezes. Além disso, a companhia projeta atingir R$ 23 bilhões de dívida líquida ao final do próximo ano.
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