Covid-19: professores de artes marciais reivindicam volta ao trabalho
julho 21, 2020Com as atividades paralisadas desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), professores de artes marciais têm investido numa agenda de protestos reivindicando a volta aos trabalho. Segundo o presidente da Federação Sergipana de Muay Thai, Andeson Canela, há um consenso entre os profissionais que as atividades de artes marciais são essenciais e, por isso, precisam voltar à normalidade.
Para dá início a agenda de luta Andeson explica que foi criado o movimento “Somos Essenciais, Sim!”, para alertar a população e o poder público da importância dos serviços que os professores de artes marciais desempenham. “Estamos indignados com o descaso com nossa classe. Todos conhecem os benefícios que a atividade física tem na vida do indivíduo, Benefício físico, mental e nós estamos parados, deveríamos estar na linha de frente”, relata Canela.
Ainda segundo ele, neste último 19, foi feito um ato de protesto no Parque da Sementeira, com alguns dos professores de artes marciais que tiveram sua renda impactada com a paralisação das atividades da categoria. “São professores sem rendas, profissionais com aluguéis de suas academias com quatro meses de atraso, dificuldade para manter suas famílias e contas em dia”, lamenta.
Diante desse cenário, Anderson conta que outro protesto já está previsto nesta sexta-feira, 24, na praça Fausto Cardoso. O presidente da Federação Sergipana de Muay Thai também salienta que muitos alunos estão sentindo falta da prática de atividades físicas, o que, na visão dele, dimensiona o valor da luta pela volta os trabalhos. “Temos relatos de alunos ansiosos, alguns com quadro de depressão, que foram ajudados pelas atividades físicas e agora se veem abandonados, temos vários exemplos de pessoas ficando sedentárias, ganhando peso rapidamente, ou ainda com a imunidade ficando fragilizada”, resume Canela.
por João Paulo Schneider