Coronavírus: sindicato quer uso de kits em todas ocorrências do Samu

Coronavírus: sindicato quer uso de kits em todas ocorrências do Samu

março 30, 2020 Off Por Today Newsroom

Kits são distribuídos de forma criteriosa ao Samu para não gerar crise no abastecimento (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Sergipe (Sindiconam) está exigindo a distribuição de kits de proteção completos para todos os servidores que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e distribuídos de forma a atender a todas as ocorrências, indiscriminadamente, como medida de prevenir os trabalhadores da área de saúde da infecção do conoravírus, o COVID-19, que já matou milhares de pessoas no mundo.

O presidente do sindicato, Robério Batista, informou que recebeu reclamações de servidores informando das dificuldades que os profissionais encontraram durante o final de semana para prestar o atendimento aos chamados em função da falta de kits de proteção, registrado em algumas equipes.

Na opinião do sindicalista, os kits são indispensáveis para o atendimento a todas as ocorrências, apesar de reconhecer a necessidade da regulação fazer a investigação completa antes de direcionar a ocorrência à equipe de atendimento, que são os processos normais dentro da regulação. No entanto, conforme destacou, é importante que os kits de proteção [que incluem máscaras, óculos, luvas, capas, entre outros] estejam completos disponibilizados para todas as ocorrências.

Na opinião de Robério Batista, no momento é impossível identificar se o paciente que solicita a prestação do serviço do Samu está ou não infectado pelo coronavírus. Esse debate entrou em evidência nessa segunda-feira, 30, em função da reação de uma enfermeira que resistiu aos critérios utilizados pela Superintendência do Samu para a liberação dos kits preventivos.

De acordo com informações da superintendente Karina Mendonça, é necessário filtrar o uso do kit em função da crise no abastecimento desses produtos, enfrentada mundialmente. Na ótica de Karina Mendonça, o kit de prevenção só deve ser efetivamente usado em ocorrência onde há pacientes com sintomas suspeitos ou nos casos comprovados do COVID-19. Caso haja destinação de kits para todas as ocorrências, conforme observou, poderá haver desabastecimento, com a possibilidade de se prolongar a pandemia.

Karina Mendonça informa que, no momento da regulação, há médicos capacitados para identificar se, na ocorrência, há pacientes com sintomas suspeitos do COVID-19 ou se efetivamente se trata de caso confirmado. E, não havendo qualquer suspeita de se tratar de um paciente com tais sintomas, todas as informações são prestadas quando direcionada para o Samu prestar o atendimento. Por isso, conforme a superintendente, a recomendação é que o uso efetivo do kit completo apenas seja direcionado para os casos suspeitos ou confirmados, como medida preventiva para não faltar esses equipamentos e não se agravar ainda mais o quadro no estado de Sergipe.

O presidente do sindicato descarta a possibilidade de greve, assegura que não há paralisação na prestação do atendimento aos chamados e protocolou pedido para discutir a questão com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e com a Superintendência do Samu. O sindicalista ainda não recebeu respostas dos órgãos oficiais que tratam da política de atendimento à saúde da população sergipana.

 

por Cassia Santana

 

 

 

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