Butantan produzirá CoronaVac sem depender dos insumos da China em dezembro deste ano, diz Doria

Butantan produzirá CoronaVac sem depender dos insumos da China em dezembro deste ano, diz Doria

fevereiro 23, 2021 Off Por Today Newsroom

Governador de SP, João Doria, com caixa da vacina CoronaVac (REUTERS/Amanda Perobelli)

SÃO PAULO – Na manhã desta terça-feira (23), o Instituto Butantan começou a entregar uma nova remessa de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. Essa é a vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Durante coletiva de imprensa na sede do instituto, o governador do estado, João Doria (PSDB), afirmou que o Butantan será capaz de começar a produzir nacionalmente a CoronaVac, sem depender dos insumos chineses, em dezembro deste ano.

O acordo entre Butantan e Sinovac, farmacêutica chinesa que desenvolveu a CoronaVac junto ao instituto paulista, contempla, além da entrega de doses ao Brasil, a transferência da tecnologia para produção nacional de todos os insumos necessários para a confecção do imunizante.

Uma nova fábrica do Butantan está em construção no complexo do instituto e permitirá a produção nacional do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), considerado o mais importante insumo da vacina. Hoje, o IFA é importado do China.

“Nós temos dezenas de funcionários trabalhando em jornadas de dez horas por dia para colocar a fábrica em conclusão até o mês de outubro. Em outubro, novembro, e dezembro, as instalações dos equipamentos serão feitas. Ainda em dezembro deste ano, teremos a primeira dose da vacina do Butantan 100% produzida no Brasil. A partir de janeiro [de 2022] teremos a produção industrial da vacina”, disse o governador.

Entrega de 3,4 milhões de doses ao Ministério da Saúde

O Butantan prevê entregar mais 3,4 milhões de doses prometidas ao Ministério da Saúde em até oito dias a partir desta terça-feira (23), mantendo uma entrega diária de 426 mil doses. Mas o Butantan conseguiu enviar uma remessa de 1,2 milhão de doses já hoje.

A capacidade de produção do instituto foi ampliada para acelerar a entrega. “Não vamos parar, vamos continuar entregando”, afirmou Dimas Covas, diretor do instituto, durante coletiva de imprensa na sede do Butantan. Também nesta terça-feira, o instituto completa 120 anos de existência. O Butantan foi reconhecido como instituição autônoma em fevereiro de 1901, sob a denominação de “Instituto Serumtherápico”.

Com a entrega desta terça-feira, 11 milhões de doses da CoronaVac foram entregues ao Ministério da Saúde. Segundo a agência de notícias Reuters, na quarta-feira (24) haverá a entrega de mais 900m il doses. Em 25, 26 e 28 de fevereiro, serão 600 mil doses a cada dia. No início de março, haverá mais um lote 1,7 milhão de vacinas. Assim, o Butantan totalizará 15,4 milhões de doses entregues.

O instituto pretende chegar ao final de março com 27,1 milhões de doses da CoronaVac, e entregar mais 18,9 milhões de doses em abril.

Assim, o Butantan cumprirá o primeiro acordo firmado com o Ministério da Saúde, que prevê a entrega de 46 milhões de vacinas. Recentemente, o Ministério da Saúde assinou um contrato para aquisição de mais 54 milhões de doses da CoronaVac. Portanto, a entrega total é de 100 milhões de vacinas.

Butantan irá fornecer 20 milhões de doses a SP

Ainda durante a coletiva, Covas falou que o instituto, após cumprir os dois acordos com o Ministério da Saúde, terá plenas condições de fornecer as 20 milhões de doses solicitadas pelo governo paulista para vacinar toda a população de São Paulo, conforme prometido pela gestão Doria no último dia 8 de fevereiro, e as 30 milhões de doses pedidas na semana passada pelo Ministério da Saúde.

“Doses adicionais poderão ser produzidas a partir de agosto. Terminando a entrega das 100 milhões [de doses] nós poderemos produzir as 20 milhões de São Paulo e as 30 milhões do Ministério e, eventualmente, ampliar essa solicitação”, explicou o diretor do Butantan.

Como havia explicado Doria anteriormente, a produção dessas doses adicionais não afetarão o cronograma de entrega ao Ministério da Saúde e serão exclusivas para concluir a campanha de imunização no estado até o final de 2020. Ainda segundo o governador, essas doses foram pagas com recursos próprios do governo do estado de São Paulo.

 

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