BC prorroga alíquota menor para compulsório de bancos

BC prorroga alíquota menor para compulsório de bancos

outubro 3, 2020 Off Por Today Newsroom

Brazilian currency. Money on the wooden table in one hundred and fifty reais banknotes.
(Rmcarvalho/Getty Images)

O Banco Central decidiu prorrogar até abril de 2021 a vigência da alíquota temporária de 17% sobre recursos do compulsório (dinheiro dos bancos que não pode ser movimentado). Inicialmente, a previsão era de que esse porcentual iria vigorar só até dezembro deste ano.

Em março, a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo, que estabelece a quantidade dos depósitos que têm de ser mantidos sem utilização pelas instituições financeiras, caiu de 25% para 17% – liberando, naquela ocasião, R$ 68 bilhões para os bancos.

O objetivo da medida, classificada como “emergencial e temporária”, foi tentar atenuar os efeitos econômicos advindos da pandemia de covid-19 no mercado de crédito.

A previsão do BC era de que a alíquota voltaria a subir para o patamar anterior em dezembro deste ano, o que retiraria recursos do mercado financeiro. Entretanto, a instituição informou que a taxa permanecerá em 17% até abril de 2021, mantendo o caixa dos bancos mais fortalecido.

O BC também anunciou que, a partir de abril do próximo ano, a alíquota não subirá mais para os 25% vigentes anteriormente, mas sim para 20%, o que resultará em uma liberação extra de recursos para as instituições financeiras de R$ 62 bilhões a partir daquele mês. Ao adotar essas medidas, o BC informou que considerou a permanência de “condições mais restritivas de captação bancária”.

Conforme o Banco Central, a decisão anunciada ontem busca dar previsibilidade para que o mercado financeiro possa cumprir a nova alíquota.

O compulsório é formado por uma parte do dinheiro depositado nos bancos pelos correntistas. Esses recursos são mantidos no Banco Central e os bancos não podem utilizá-los para fazer empréstimos, por exemplo. Esse mecanismo visa a estabilidade financeira e ajuda no combate à inflação.

Medidas

Nos últimos meses, por causa da pandemia, o BC anunciou uma série de medidas para liberar recursos e capital para as instituições financeiras emprestarem a seus clientes. Ao todo, foram autorizados mais de R$ 1,2 trilhão em recursos para o mercado financeiro.

De acordo com dados do BC, os bancos aumentaram os empréstimos, favorecendo, principalmente, os clientes de maior porte. No primeiro semestre, o volume total do crédito bancário teve a maior alta em sete anos. Entretanto, as pequenas e médias empresas continuaram reclamando da falta de recursos, num momento de queda acentuada do faturamento.

Em junho, o diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, admitiu que, apesar de o crédito para as pequenas e médias empresas do País estar “fluindo”, a demanda por este tipo de operação durante a pandemia estava superior à oferta. Na ocasião, ele disse que os bancos não estavam conseguindo satisfazer o aumento maciço de demanda por crédito bancário.

Depois de estudos, o governo federal começou a liberar linhas emergenciais de crédito, com garantia da União, com o objetivo de suprir a alta demanda por recursos das empresas de menor porte. A mais bem-sucedida dessas medidas foi o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que já teve duas fases concluídas. Diante da pressão dos pequenos empresários, e dos pedidos de parlamentares, o governo avalia aportar mais recursos no programa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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