Auxílio emergencial: maioria dos brasileiros usa benefício para comprar comida, diz Datafolha
agosto 14, 2020
SÃO PAULO – Mais de 50% dos beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 usam o benefício para comprar comida, segundo dados da pesquisa Datafolha, do jornal Folha de S. Paulo, divulgada nesta quinta-feira (13).
Outro destino muito comum para o dinheiro é o pagamento de contas: cerca de 25% dos entrevistados usam as parcelas para este fim. Ainda, para 44% dos participantes o auxílio é a única fonte de renda atualmente.
Veja com o que os entrevistados gastam o dinheiro do benefício:
| Destino do dinheiro | Porcentagem de entrevistados |
| Compra de alimentos | 53% |
| Pagamento de contas | 25% |
| Pagamento de despesas da casa | 16% |
| Outras despesas | 4% |
| Compra de remédio/máscara/álcool em gel | 1% |
Em termos de renda, 54% dos beneficiários entrevistados contam com até dois salários mínimos por mês. E 4% dos entrevistados que recebem o auxílio, possuem renda mensal de mais de 10 salários mínimos.
| Renda mensal | Beneficiários que recebem até este valor | Beneficiários que não recebem até este valor |
| Até 2 salários mínimos | 54% | 46% |
| Mais de 2 até 5 salários mínimos | 31% | 69% |
| Mais de 5 até 10 salários mínimos | 11% | 89% |
| Mais de 10 salários mínimos | 4% | 96% |
Outro dado divulgado no estudo é referente à escolaridade. Dos beneficiários entrevistados, 78% não tem ensino superior completo. Veja:
| Nível de ensino | Sim | Não |
| Ensino Fundamental completo | 44% | 56% |
| Ensino Médio completo | 46% | 54% |
| Ensino Superior completo | 22% | 78% |
Por fim, o recorte por região indica que os beneficiários ouvidos estão concentrados majoritariamente nas regiões Nordeste e Norte e Centro-Oeste, que foram calculados de forma unificada pelo estudo:
| Região | Recebeu auxílio | Não recebeu auxílio |
| Norte/Centro-Oeste | 50% | 50% |
| Nordeste | 45% | 55% |
| Sudeste | 36% | 54% |
| Sul | 34% | 66% |
A pesquisa também mostra que 49% dos entrevistados avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro ruim ou péssimo durante a pandemia. Outra parcela, de 26%, qualifica o governo como bom ou ótimo.
Foram entrevistados 2.065 brasileiros adultos que possuem celular entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

