
ARX vê Bolsa barata e amplia exposição, apesar de incertezas globais
setembro 1, 2025Em meio a um ambiente global de incertezas, a ARX Investimentos tem reforçado suas convicções no mercado brasileiro, especialmente em Bolsa e crédito. A visão foi compartilhada por Gabriel Barros, economista-chefe da gestora, durante participação no podcast Stock Pickers, apresentado por Lucas Collazo.
Segundo Barros, a conjuntura internacional exige atenção tática, mas o foco estrutural da ARX segue voltado ao médio e longo prazo no Brasil.
“Justamente porque o cenário doméstico é mais construtivo no horizonte de médio prazo, temos aproveitado as correções recentes para fazer preço médio e ampliar nossa exposição em Bolsa.”
Ele destacou que a avaliação da Bolsa brasileira está muito abaixo da média histórica, o que reforça a atratividade para investidores de longo prazo.
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“Se eu olhar historicamente, o mercado está entre um e dois desvios padrão abaixo da média. É claro que pode continuar barato, mas a ARX já atravessou todos os ciclos possíveis do Brasil em quase 25 anos de história. Isso nos dá segurança para aumentar posições quando o desconto aparece”, afirmou.
Estratégia diversificada e visão estrutural
A gestora busca montar carteiras que combinem ações, câmbio e juros, equilibrando riscos em um ambiente ainda marcado pela volatilidade.
“O que fazemos é aproveitar momentos de turbulência para reforçar a convicção em ativos que, no longo prazo, tendem a gerar retorno. Não somos uma casa de produto único, temos diferentes linhas de negócio para atender o investidor de forma ampla”, explicou Barros.
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O economista também comparou o comportamento do investidor brasileiro ao do americano em períodos de juros altos.
“Nos Estados Unidos, quando a taxa sobe, o investidor compra mais Bolsa porque enxerga desconto. Aqui, o movimento é o oposto: a renda fixa fica atrativa e o desconto da Bolsa acaba ignorado. Nós buscamos justamente aproveitar esse pêndulo para diversificar as carteiras.”
Gestão que atravessa décadas
Outro diferencial da ARX, segundo Barros, é a liderança de Rogério Poppe, CEO da gestora há mais de duas décadas.
“Ele conseguiu implementar uma visão de longo prazo que fez toda a diferença. Isso explica porque somos uma das poucas assets independentes no Brasil que atravessaram diferentes ciclos de mercado”, destacou.
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Sob a gestão de Poppe, a ARX consolidou o crédito como sua principal estratégia, área que hoje responde pela maior parte dos R$ 42 bilhões em ativos sob administração.
A gestora também estruturou novas frentes de atuação, incluindo fundos imobiliários, multimercados e renda variável, reforçando sua diversificação.
A parceria com o Bank of New York Mellon (BNY), controlador da ARX, também tem papel estratégico.
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“Aumentamos a interlocução com o BNY, que administra mais de US$ 2 trilhões. Esse suporte foi fundamental para o desenvolvimento de nossas estratégias de crédito, imobiliário e multimercado.”