Após Mourão defender Huawei, Bolsonaro desautoriza falas do vice sobre 5G

Após Mourão defender Huawei, Bolsonaro desautoriza falas do vice sobre 5G

dezembro 8, 2020 Off Por Today Newsroom

(Alan Santos/PR)

Após o vice-presidente Hamilton Mourão defender o uso da tecnologia da chinesa Huawei para a implementação de 5G no país, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou e mandou recado para o vice em evento no Planalto nesta terça-feira, 8. O chefe do Executivo disse mais de uma vez que o assunto só pode ser debatido com ele se antes passar pelo ministros das Comunicações, Fábio Faria.

“Ninguém vem falar (sobre) 5G comigo – e não está aberta a agenda para quem quer que seja a pessoa – a não ser que ela venha acompanhado do ministro Fábio Faria, das Comunicações”, disse Bolsonaro em evento no Planalto. Bolsonaro destacou que cada ministro tem a sua atribuição e citou que questão da vacina também só discutida com a participação do ministro Eduardo Pazuello, da Saúde.

Ele reforçou o recado para Mourão uma outra vez durante seu discurso: “Repito, 5G ninguém fala comigo sem antes conversar com Fábio Faria”, disse. Ontem, 7, Mourão disse que os equipamentos da Huawei estão em 40% das redes de 3G e 4G no país e que o eventual banimento da companhia no 5G vai encarecer os serviços para os consumidores

Mais cedo, Faria também havia comentado sobre o assunto e escanteado Mourão no debate. Nesta terça, após receber representantes das cinco principais operadoras do País (Vivo, Claro, Oi, TIM e Algar Telecom), o ministro disse que a rede 5G seria tratada pelo Ministério das Comunicações e pela Presidência da República.

“Esse tema será tratado entre mim e o presidente da República, até porque Mourão está com o Conselho da Amazônia, que demanda muita atenção e muito trabalho. Acho que ele não vai ter tempo para tratar também do tema do 5G, que está sendo bem tratado pelo ministério”, disse o ministro.

As alas militar e ideológica do governo defendem a imposição de restrições para banir a Huawei do país. A fala de Mourão ontem recebeu o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Alvo de pressões internacionais, em especial do governo norte-americano, o leilão do 5G está previsto para o fim do primeiro semestre de 2021. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve publicar o edital da licitação até o fim de fevereiro, mas não tem poder para banir a fornecedora chinesa. A decisão depende de decreto presidencial.

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