Após balanço forte, C&A se prepara para nova fase com loja conceito

Apesar da origem estrangeira, a C&A (CEAB3) se vê como 100% brasileira ao representar o que a consumidora do país busca. Segundo o CEO da companhia, Paulo Correa, a varejista se mantém fiel ao seu DNA: permitir o acesso à moda, de forma democrática. O mais novo passo em direção ao objetivo é a nova loja que a companhia inaugurará no dia 22 de agosto.

O ponto escolhido, no Shopping Center Norte, em São Paulo, passou por quase um ano de trabalho no projeto e reformas. “A nova loja deve tornar a jornada de consumo ainda mais interessante”, disse em entrevista ao InfoMoney. O conceito deve ser adotado para outras unidades a partir do ano que vem, de acordo com o executivo.

Mas, afinal, o que a consumidora encontrará de diferente na nova loja do grupo? O CEO diz que o principal foco é apresentar o conceito “Energia” para o consumidor. Na prática, o produto será o grande protagonista da loja e os clientes devem ter mais facilidades para encontrar os artigos buscados, com iluminação mais fácil e nova experiência de provadores. “Queremos criar um momento para o consumidor se encontrar”, diz o CEO.

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Entre as mudanças, estão também nova forma de organizar os produtos, novo caixa e espelhos específicos nos provadores. “Na seletividade, a gente precisa se destacar”, afirma o executivo.

Sem desaceleração

Mesmo com rumores sobre desaceleração do consumo, a C&A ainda não enxergou sinais concretos de queda de demanda, pelo contrário. O executivo afirma que não houve queda o fluxo, nem maior inadimplência. Ainda assim, a estratégia de reformulação da loja é uma resposta a um contexto potencialmente desafiador e iniciativa já presente na estratégia normal da companhia. Conforme explica Correa, a evoluções no conceito já são rotina na C&A.

O resultado foi colhido de forma prática no último balanço da varejista, no segundo trimestre de 2025. O lucro líquido foi o melhor desde a abertura de capital (IPO) para um segundo trimestre e foi o 8º período consecutivo que a companhia viu crescimento de 2 dígitos.

As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), importante indicador para o setor, foi um dos mais fortes observados entre varejistas. O avanço foi visto também no NPS, métrica que indica satisfação de cliente, que cresceu 10 pontos percentuais, assim como a margem bruta, que subiu pelo 16º trimestre consecutivo.