Apesar de retomada dos mercados, grau de incerteza aumentou significativamente, diz Verde
julho 7, 2020
SÃO PAULO – Apesar da retomada dos mercados em junho, com valorização de 8,76% do Ibovespa, a avaliação da Verde Asset é de que o grau de incertezas aumentou “de maneira importante”.
Em carta enviada aos cotistas, a gestora de Luis Stuhlberger chama atenção para a segunda onda de contaminações pelo coronavírus nos Estados Unidos, em especial em estados como Texas e Flórida.
Segundo a gestora, enquanto grupos de pessoas ao redor do mundo decidirem não usar máscaras e frequentar lugares fechados, uma quedas sustentada dos números de novos casos de Covid-19 deve ser mais difícil.
Desta forma, a Verde avalia que países como EUA, Brasil e boa parte das economias emergentes fora da Ásia devem conviver com a pandemia por mais tempo, até a efetiva disponibilidade em larga escala de uma ou mais vacinas.
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No Brasil, dado o contexto da pandemia ainda sem sinais evidentes de desaceleração, a opção da Verde tem sido por manter posições de risco do fundo menores que o habitual.
A avaliação é de que o risco político está reduzido, dada a “guinada na direção do modelo histórico de presidencialismo de coalizão”, mas que as sequelas fiscais dos gastos da pandemia deverão permanecer por muitos anos.
“A enorme poupança precaucionária criada com a crise só começará a virar consumo conforme as famílias tenham mais confiança na situação de saúde, o que ainda parece, infelizmente, um pouco distante”, escreve o time de gestão.
Em junho, o fundo Verde FIC FIM teve ganhos de 0,91%, ante variação de 0,22% do CDI e valorização de 8,76% do Ibovespa. As maiores contribuições vieram da parcela em ações locais e globais, que foi reduzida em maio.
No ano, contudo, o multimercado acumula perdas de 3,54%, frente à queda de 17,8% do Ibovespa e à variação positiva de 1,76% do principal benchmark da renda fixa.
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