Anunciantes voltarão em breve, diz Zuckerberg

Anunciantes voltarão em breve, diz Zuckerberg

julho 3, 2020 Off Por Today Newsroom

Presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg parece não estar tão preocupado com o boicote promovido contra a empresa, afirmaram alguns funcionários que estiveram presentes em reunião com o fundador da rede social.

Segundo o site americano especializado em tecnologia The Information, o executivo teria dito que estava relutante a encarar o movimento e chegou a apostar que os anunciantes voltariam para a plataforma em breve.

De acordo com esses funcionários, Zuckerberg deu a declaração na sexta-feira, 26, em uma reunião virtual. No mesmo dia, o movimento liderado pela campanha Stop Hate For Profit tinha o apoio de grandes empresas como Unilever e Verizon.

A campanha pressiona o Facebook para ser mais ativo na remoção de conteúdos com discursos de ódio. No mesmo dia, o presidente do Facebook divulgou um comunicado, afirmando que iria proibir outras categorias, consideradas como discurso de ódio, principalmente as relacionadas à alegações de violência e segurança por parte de grupos étnicos e religiosos.

Segundo o The Information, para Zuckerberg, a maior preocupação é relacionada à reputação e parcerias de sua empresa e não necessariamente às finanças. A emissora americana CNN mostrou que só três dos maiores anunciantes do Facebook – Microsoft, Starbucks e Pfizer – haviam aderido ao boicote.

“Não mudaremos nossas políticas por causa de uma ameaça a uma pequena porcentagem de nossa receita ou para qualquer porcentagem de nossa receita”, teria dito ainda Zuckerberg a funcionários. Hoje, uma parte considerável do que o Facebook fatura vem de pequenos anunciantes – segundo estudo feito pela Bloomberg, caso a rede perca 25 de seus 100 maiores anunciantes, a queda na receita em um trimestre seria de US$ 250 milhões. Pouco para uma empresa que fatura US$ 17 bilhões em três meses.

Brasil

No País, o movimento Sleeping Giants, que tem convidado anunciantes a retirar campanhas de sites que propagam desinformação, começou ontem a fazer o mesmo com o Facebook. A iniciativa chegou a pedir até que aplicativos de entrega redirecionem o dinheiro de campanhas em redes sociais para seus entregadores, em uma ligação com a greve realizada na última quarta-feira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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