Aluguéis caem em novembro. Veja bairros com maior e menor alta do m² de locação em SP e no RJ

Aluguéis caem em novembro. Veja bairros com maior e menor alta do m² de locação em SP e no RJ

dezembro 6, 2020 Off Por Today Newsroom

SÃO PAULO – Com a pandemia, novos contratos de aluguel têm tido preços mais modestos. A conclusão é do QuintoAndar, portal imobiliário que divulga mensalmente sua projeção de preços de locação. O Índice QuintoAndar de Aluguel é calculado a partir de valores efetivos de contratos de locação feitos pela plataforma imobiliária.

Os valores médios do aluguel residencial caíram 0,1% em São Paulo e 0,39% no Rio de Janeiro em novembro, na comparação com o mês anterior. Na comparação entre novembro de 2019 e novembro de 2020, as baixas nos preços nas duas capitais são de 6,29% e 3,6%, respectivamente.

São Paulo

O valor médio do m² em São Paulo para aluguel fechou o mês passado em R$ 35,42. Para imóveis de um quarto, o preço do m² de locação é de R$ 44,99. Já para propriedades com dois quartos, R$ 30,25. Por fim, para imóveis com três quartos, R$ 27,14.

Os bairros com o metro quadrado de aluguel mais caro são Vila Olímpia (R$ 55,8), Vila Nova Conceição (R$ 50,2), Pinheiros (R$ 48,9), Vila Madalena (R$ 48,4) e Itaim Bibi (R$46,4). Mas vale ficar de olho nos bairros com preço de locação por metro quadrado em ascensão – ou em queda. Vila Carrão, Jardim Anália Franco, Butantã, Jardim São Saverio e Sumaré estão em alta. Já Santo Amaro, Real Parque, Centro, Morumbi e Itaim Bibi estão em baixa.

Veja os bairros com os metros quadrados de aluguel mais valorizados e mais desvalorizados em São Paulo, no mês de novembro:

 

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o valor médio do m² para aluguel ficou em R$ 29,05 no mês de novembro. Para imóveis com um dormitório, o preço do m² de locação é de R$ 35,38. Já para propriedades com dois quartos, R$ 23,35. Por fim, para imóveis com três quartos, R$ 22,91.

Os bairros com o metro quadrado de aluguel mais caro são Ipanema (R$ 47,6), Leblon (R$ 45,2), Flamengo (R$ 37,7), Botafogo (R$ 36,4) e Copacabana (R$33,7). Barra da Tijuca, Freguesia, Jardim Oceânico, Recreio e Jacarepaguá estão em alta no preço de locação por metro quadrado. Já Santa Teresa, Meier, Engenho Novo, Lagoa e Laranjeiras estão em baixa.

Veja os bairros com os metros quadrados de aluguel mais valorizados e mais desvalorizados no Rio de Janeiro, no mês de novembro:

 

O que explica valorizações e desvalorizações?

Vários fatores influenciaram a valorização e a desvalorização dos bairros mencionados, afirmou José Osse, diretor de comunicação do QuintoAndar, ao InfoMoney. “Temos a movimentação de inquilinos em busca de imóveis com aluguel mais baixo por conta de uma redução na renda provocada pela pandemia. Mas temos também a busca por residências maiores, para acomodar melhor as pessoas da família numa situação de home office e home school, por exemplo.”

O InfoMoney já mostrou anteriormente como o trabalho remoto imposto pela pandemia despertou o interesse por imóveis no interior de São Paulo, que podem oferecer mais qualidade de vida, áreas ao ar livre e espaços maiores e mais confortáveis. No estudo do QuintoAndar, aparecem como valorizados justamente os bairros que não estão no centro da cidade (como Vila Carrão, Jardim Anália Franco, Butantã e Jardim São Saverio).

Ao abordar mais especificamente a compra de imóveis no interior, o InfoMoney já mostrou que especialistas não esperam uma grande migração para o interior, uma vez que a massa de empregos e serviços deve continuar nas grandes cidades. A parcela de empresas que ainda adotam o home office é pequena e tende a diminuir ainda mais.

Assim, o aluguel surge como opção flexível. Angélica Quintela, gerente de marketing do Imovelweb, afirmou que viver em cidades próximas a São Paulo permite ida e volta em uma rotina com modelo híbrido de trabalho.

“Cidades que ficam mais perto de São Paulo dão flexibilidade no dia a dia de trabalho, caso a pessoa precise ir ao escritório eventualmente, uma vez por semana. Além disso, alugar o imóvel pode ser uma maneira mais simples e mais barata de acessar essa qualidade de vida, sem tomar uma decisão mais definitiva, como é o caso da compra”, avalia.

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