Ibovespa Futuro cai seguindo exterior após alta da Bolsa na véspera por decisão da Câmara; dólar futuro sobe

Ibovespa Futuro cai seguindo exterior após alta da Bolsa na véspera por decisão da Câmara; dólar futuro sobe

agosto 21, 2020 Off Por Today Newsroom

SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta sexta-feira (21) depois de subir na reta final do pregão anterior por conta da votação da Câmara dos Deputados que reverteu a decisão do Senado e retomou a validade do veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste dos salários de servidores. A decisão de manter o veto ocorreu depois do fechamento do mercado, mas já era esperada pelos investidores em meio aos sinais de articulação de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Lá fora, os futuros dos índices americanos caem depois das bolsas baterem máximas históricas durante a semana.

Pela manhã, foi divulgado o PMI (índice do gerente de compras) Composto da União Europeia, que ficou em 51,6 pontos em agosto, abaixo dos 54,9 pontos registrados no mês anterior, indicando que a economia da região perde força.

Nos Estados Unidos, o democrata Joe Biden aceitou oficialmente sua nomeação para candidato dos Estados Unidos. Em seu discurso, na noite de quinta-feira, ele prometeu devolver a esperança ao país após a “escuridão” da administração de Donald Trump, que tenta a reeleição.

A campanha acontece em meio às tentativas dos Estados Unidos se recuperarem da crise causada pela pandemia do coronavírus. Os dados dos pedidos de seguro-desemprego, anunciados ontem, mostraram uma alta inesperada, indicando que o processo de recuperação pode ser mais longo que o esperado.

Às 09h08 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha queda de 0,56%, aos 100.795 pontos.

Enquanto isso, o dólar futuro para setembro tinha alta de 0,61%, a R$ 5,591.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 opera estável a 2,79%, o DI para janeiro de 2023 avança um ponto, a 3,99% e o DI para janeiro de 2025 opera estável a 5,81%.

Veto mantido

A articulação feita pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi suficiente para manter o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos reajustes salariais e novas contratações no funcionalismo público.

O resultado reverte a derrota que o governo federal sofreu no Senado Federal. Na quarta-feira, a Casa rejeitou o veto e aumentou a preocupação em relação ao testo de gastos uma vez que tinha o potencial de elevação das despesas de cerca de R$ 120 bilhões.

O presidente da Câmara atribuiu a vitória pela manutenção do veto do reajuste dos servidores públicos até 2021 a um trabalho construído pelo parlamento e seus líderes. “Foi a Câmara que construiu a solução. Não tirando a importância do governo, mas foram os líderes que construíram a solução”, disse o deputado. “A Câmara tem tido responsabilidade e trabalhado na pauta de modernização do Estado brasileiro”, afirmou.

Já o Ministério da Economia divulgou nota em que parabeniza deputados que votaram pela manutenção do veto. “A possível derrubada traria graves consequências para as contas públicas, em especial de Estados e municípios”, afirma o texto.

Financiamento imobiliário

A Caixa Econômica Federal elevou de 20% para 22% o nível de comprometimento de renda dos mutuários que financiarem imóveis em linhas atreladas ao IPCA. A instituição já avalia a elevação para 25%, segundo informou o presidente do banco, Pedro Guimarães, durante evento virtual promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A linha corrigida pelo IPCA foi lançada há um ano, mas com um teto menor do que as das linhas prefixadas, que permitem comprometer até 30% da renda.

Segundo Guimarães, em 2020 a Caixa já liberou R$ 20 bilhões de reais em crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), volume acima do registrado em todo o ano passado.

Radar corporativo

A empresa de educação Cogna registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 140 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 267 milhões em igual período de 2019.

O resultado da empresa foi afetado pela queda da receita, evasão escolar e aumento da inadimplência.

No comparativo anual, a receita líquida recuou 21%, para R$ 1,37 bilhão. Já o Ebitda foi negativo em R$ 139,5 milhões, ante positivo de R$ 267 milhões entre abril e junho do ano passado.

Já o Banco Pan divulgou fato relevante para confirmar que vai fazer uma oferta pública de ações, com esforços restritos, de 89,60 milhões de ações preferenciais. Com base no valor de fechamento da ação do dia 20, a operação tem potencial de levantar R$ 783,1 milhões.

Esses recursos não vão para o caixa do banco e sim para o acionista vendedor, a Caixa.

BTG Pactual, Caixa, Credit Suisse e Itaú BBA estão entre os coordenadores da operação.

Já a Afya anunciou a compra da Faculdade Ciências Médicas de Paraíba, em uma transação que adiciona 157 vagas de medicina a seu porftólio. Por isso, a empresa vai pagar R$ 380 milhões.

Desse total, metade será pago no fechamento da transação e o restante em quatro parcelas anuais ajustadas pelo CDI.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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