Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam após IPCA-15 abaixo do esperado

Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam após IPCA-15 abaixo do esperado

julho 24, 2020 Off Por Today Newsroom

Brazilian currency. Money on the wooden table in one hundred and fifty reais banknotes.
(Rmcarvalho/Getty Images)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentam queda na manhã desta sexta-feira (24), após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) abaixo do previsto pelo mercado.

Considerado uma prévia da inflação oficial, o IPCA-15 registrou alta de 0,30% em julho na comparação com junho, pior que a expectativa dos economistas consultados pela Bloomberg, que estimavam uma aceleração de 0,52% do indicador para o período.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram alta entre os dias 16 de junho e 15 de julho, sendo que o maior impacto (0,22 ponto percentual) e a maior variação positiva (1,11%) vieram dos transportes, que apresentaram alta após quatro meses de quedas.

Ainda na cena doméstica, os investidores monitoram a participação de Bruno Serra, diretor de política monetária do Banco Central, em evento promovido pela XP, para tratar sobre a conjuntura econômica, às 11h.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 2,18% ao ano nesta manhã, ante 2,23% a.a. na tarde de quinta-feira (23). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam 3,55% ao ano, frente 3,63% a.a. anteriormente.

Entre os títulos com retorno prefixado, o de vencimento em 2023 pagava uma taxa anual de 4,05%, ante 4,14% a.a. na véspera, enquanto o prêmio pago pelo mesmo papel com vencimento em 2026 tinha queda de 6,16% para 6,11% ao ano.

No câmbio, o dólar operava, por volta das 10h, próximo da estabilidade, sendo negociado a R$ 5,22.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta sexta-feira (24):

Fonte: Tesouro Direto

China x EUA

No ambiente internacional, a atenção dos investidores recai sobre o aumento das tensões entre Estados Unidos e China.

Isso porque o governo de Pequim ordenou que o consulado americano cessasse as operações em Chengdu, no sudoeste do país asiático, em até 72 horas. A decisão veio um dia após os EUA fecharem o consulado chinês em Houston, no estado do Texas, sob acusações de espionagem e roubo de propriedade intelectual

A disputa entre os dois países pode tornar ainda mais difícil a recuperação da economia americana, que tenta lidar com o avanço do contágio da Covid-19.

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