Funcionários de embaixada nos EUA foram ameaçados de morte, diz China

Funcionários de embaixada nos EUA foram ameaçados de morte, diz China

julho 23, 2020 Off Por Today Newsroom

PEQUIM, 23 JUL (ANSA) – A China afirmou nesta quinta-feira (23) que funcionários da embaixada de Washington foram ameaçados de morte e acusa o governo dos Estados Unidos de criar um “clima de ódio” contra os representantes chineses no país.

“Na sequência dos insultos e do ódio alimentados pelo governo norte-americano, a Embaixada da China recebeu ameaças de atentados e de mortes”, escreveu em sua conta no Twitter um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.

A denúncia ocorre um dia depois do governo dos EUA anunciar o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas, dando 72 horas para os funcionários deixarem o local. Segundo o Departamento de Estado, o encerramento das atividades na representação diplomática é uma forma de “proteger a propriedade intelectual norte-americana e as informações privadas”.

A embaixada confirmou a fala de seu porta-voz e publicou uma dura nota oficial contra o governo norte-americano.

“Por causa da estigmatização intencional e imprudente e pela difusão do ódio por parte dos Estados Unidos, a embaixada chinesa recebeu, mais de uma vez, ameaças à segurança e a proteção das missões e dos funcionários da diplomacia chinesa”, diz o comunicado. Pequim ainda reforçou que “está empenhada em respeitar o princípio de não interferência nos assuntos internos de outros países” e ressaltou que “as missões diplomáticas chinesas nos EUA, incluindo o consulado de Houston, exerceram seus deveres no rigoroso respeito à Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas e à Convenção de Viena sobre as relações consulares, dedicando-se a promover as trocas e a cooperação bilateral para avançar a recíproca compreensão e amizade entre os dois povos”.

Ainda na nota, a China diz que as acusações sobre Houston “são infundadas”.

FBI faz nova acusação

Apesar dos chineses negarem as acusações, o FBI acusou nesta quinta-feira (23) a pesquisadora e bióloga Tang Juan de mentir sobre suas ligações com o Exército Popular para conseguir um visto nos EUA. Ela se refugiou, e foi descoberta, no consulado chinês de São Francisco para fugir de uma prisão.

A nova acusação diz que Juan tinha como objetivo, junto a outros chineses, de roubar a propriedade intelectual de pesquisas feitas por institutos universitários norte-americanos. (ANSA)

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