Via Varejo alonga prazo de dívidas de R$ 4 bi; Cade revoga medida contra acordo Cielo-WhatsApp, recomendações e mais

Via Varejo alonga prazo de dívidas de R$ 4 bi; Cade revoga medida contra acordo Cielo-WhatsApp, recomendações e mais

julho 1, 2020 Off Por Today Newsroom

loja casas bahia shopping via varejo
(Shutterstock)

O noticiário corporativo desta sessão tem como destaque a Via Varejo, que anunciou alongamento do prazo de dívidas no valor de R$ 4 bilhões. Já o Cade revogou a medida que suspendia parceria de Facebook e Cielo para pagamento no WhatsApp. Recomendações também são destaque. Confira no que ficar de olho na sessão desta quarta-feira:

Via Varejo (VVAR3)

A Via Varejo, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio, anunciou na terça-feira à noite que conseguiu alongar R$ 4 bilhões de suas dívidas que venceriam em média nos próximos 60 dias. Com a readequação, o prazo médio subiu para 1,3 ano.

Essa renegociação foi dividida em duas partes. Na primeira, a varejista vai utilizar R$ 1,5 bilhão em debêntures com vencimento em junho de 2021 e junho de 2022 para comprar notas promissórias com vencimento em setembro de 2020.

Além disso, a empresa refinanciou R$ 2,5 bilhões de operações de antecipação a fornecedores que venceriam neste trimestre.

A empresa lembra ainda que fez uma capitalização que somou R$ 4,4 bilhões, o que faz com que chegue a R$ 8,4 bilhões as medidas para reforço e preservação do caixa.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) retirou a medida cautelar que impedia acordo entre Cielo e WhatsApp para a criação de um sistema de pagamentos. O órgão de defesa, no entanto, afirmou que vai continuar com a investigação.

A retomada da parceria, no entanto, depende de uma outra medida, dessa vez do Banco Central, que bloqueou o acordo por questões relacionadas às bandeiras Visa e Mastercard.

A Embraer anunciou investimento na companhia de cibersegurança Tempest Security Intelligence. O acordo para investimento no capital da Tempest resulta em participação acionária majoritária na empresa, disse a Embraer em comunicado. Os detalhes financeiros do acordo não foram informados.

A conclusão do negócio está sujeita ao cumprimento de determinadas condições usuais para esse tipo de transação e obtenção de aprovações necessárias. A Tempest é maior empresa especializada em cibersegurança do Brasil, destacou a Embraer.

BR Distribuidora (BRDT3) e Eletrobras (ELET3;ELET6)

A BR Distribuidora receberam a 26ª parcela de acordo com Eletrobras, de R$ 35,5 milhões. A companhia já recebeu cerca de R$ 4,45 bilhões do total de R$ 4,6 bilhões relativos a contratos de fornecimento de derivados para geração de energia no Norte do país.

AES Tietê (TIET11) e Eneva (ENEV3)

A venda da participação do BNDES na AES Tietê poderá levar a um vencimento antecipado de R$ 4 bilhões em debêntures da companhia de energia, segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”.

As debêntures possuem uma cláusula que prevê a antecipação dos vencimentos caso o banco de fomento deixe de ser acionista da distribuidora de energia.

O BNDES contratou o BR Partners como assessor financeiro para a venda de sua fatia de 28,41% do capital total da empresa. Segundo a reportagem, a cláusula da antecipação não vem sendo encarada como um problema, já que o comprador poderia negociar vencimentos com os credores ou mesmo substituir a dívida.

Uma das interessadas seria a Eneva, que afirmou que vai elaborar uma proposta por essa participação. Em comunicado, a companhia afirmou que a combinação dos negócios resultaria em uma plataforma eficiente de ativos de geração de energia.

Locaweb (LWSA3) e Positivo (POSI3)

A XP atualizou as estimativas para as ações da Locaweb, com recomendação de compra e elevação do preço-alvo de R$ 25 para R$ 55. Além disso, deu iniciou à cobertura da Positivo (neutra), com preço-alvo de R$ 6.

No caso da Locaweb, a XP vê um potencial de valorização de 27,3% nas ações. O crescimento do comércio eletrônico e potenciais aquisições justificam o potencial de crescimento da empresa. “A empresa possui um pipeline de potenciais aquisições robustas e ainda carrega os R$ 400 milhões em caixa levantados no IPO exclusivamente para esse fim”, lembrou o analista Pedro Fagundes.

Marcopolo (POMO4)

O Bradesco BBI rebaixou a recomendação da Marcopolo para “underperform”, com o preço-alvo da empresa indo de R$ 2,50 para R$ 2,40.

O novo preço-alvo é cerca de 18% abaixo da cotação atual. Segundo os analistas, o rebaixamento se justifica porque as vendas de ônibus precisariam subir 50% no ano que vem para que o atual preço das ações se justificasse.

“Os resultados trimestrais fracos são o principal gatilho para a correção do preço das ações, pois as estimativas de consenso ainda pressupõem um crescimento de 12% no Ebitda em 2020”, explicaram.

Para o Bradesco BBI, o ciclo de recuperação das vendas de ônibus será tardio. O primeiro motivo é a pandemia do coronavírus, que tirou capacidade de investimento das empresas em todo o mundo. O segundo fator é que não foi anunciado, até o momento, medidas de socorro financeiro a esses operadores.

Maestro Locadora

A Maestro Locadora de Veículos informou que avalia a realização de uma eventual oferta pública de distribuição primária de ações.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

 

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