Arrecadação soma R$ 77,415 bilhões, menor valor para maio desde 2005

Arrecadação soma R$ 77,415 bilhões, menor valor para maio desde 2005

junho 23, 2020 Off Por Today Newsroom

Várias notas de cem reais na mão de uma pessoa que não aparece na foto.
(Shutterstock)

O adiamento no recolhimento de tributos e os efeitos econômicos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus levaram a arrecadação de impostos e contribuições federais a mais um tombo no mês de maio, informou nesta terça-feira, 23, a Receita Federal. Ingressaram nos cofres públicos R$ 77,415 bilhões no mês passado, uma queda real de 32,92% em relação a maio de 2019, já descontada a inflação no período.

A Receita Federal informou que a arrecadação em maio é a menor para o mês desde 2005, quando somou R$ 76,178 bilhões, na série já atualizada pela inflação.

Segundo os dados da Receita, o diferimento de tributos – medida adotada para aliviar o caixa de empresas num momento de forte queda no faturamento – teve um impacto negativo de R$ 29,92 bilhões no mês passado.

Houve ainda uma queda de R$ 2,351 bilhões na arrecadação devido à desoneração do IOF nas operações de crédito, outra medida adotada para facilitar a renegociação de dívidas por empresas e pessoas físicas nesse momento de dificuldades.

Em relação a abril deste ano, a arrecadação em maio foi 23,18% pior em termos reais. O resultado das receitas veio abaixo da mediana das expectativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, calculada em R$ 79,80 bilhões, e dentro do intervalo das previsões, de R$ 38,860 bilhões a R$ 94,260 bilhões.

No ano, a arrecadação federal soma R$ 579,708 bilhões, o pior desempenho para o período desde 2010. O montante ainda representa recuo de 11,93% na comparação com igual período do ano passado.

Segundo a Receita Federal, o impacto total do diferimento dos tributos pode chegar a R$ 121,451 bilhões, considerando que todos os contribuintes utilizem o instrumento.

Até agora, o governo concedeu o adiamento nos recolhimentos de PIS/Cofins, contribuição previdenciária, IRPJ, CSLL e PIS/Cofins para empresas do Simples Nacional, assim como prorrogação de prazos para pagamento de parcelamentos de tributos realizados no passado.

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