SE fica sem receber 30 respiradores após calote milionário de empresa

SE fica sem receber 30 respiradores após calote milionário de empresa

junho 2, 2020 Off Por Today Newsroom

Passado pouco mais de um mês desde o anúncio da compra, nenhum respirador foi entregue (Foto: Ascom/SES)

O estado de Sergipe, assim como os demais estados nordestinos que formam o Consórcio Nordeste, sofreu um duro revés na tentativa de adquirir respiradores mecânicos para o tratamento da Covid-19. Segundo a Superintendência de Comunicação do Governo, Sergipe tentou adquirir 30 respiradores pulmonares numa compra conjunta com os demais estados da região Nordeste. A empresa contratada, porém, não cumpriu os prazos contratuais de entrega dos respiradores, o que levou o Consórcio a rescindir o contrato e exigir a devolução dos valores pagos por cada estado nordestino.

O anúncio dessa tentativa de aquisição havia sido feito pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) no final de abril (Foto: ASN)

O anúncio dessa tentativa de aquisição havia sido feito pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) no final de abril. À época, Belivaldo informou que após algumas tentativas, Sergipe finalmente conseguiu efetuar a compra dos respiradores. “Fizemos várias tentativas de compra, via Consórcio Nordeste e, conseguimos, apenas na terceira tentativa, a compra de 300 respiradores para a região Nordeste. O estado de Sergipe ficou com 30 respiradores, a um custo unitário de R$ 145 mil reais”, havia informado o governador.

Dessa maneira, o valor total da compra seria de aproximadamente R$ 4,3 milhões. No entanto, Belivaldo destacou que houve um pagamento antecipado de metade deste valor. “O contrato que fizemos nos obriga a fazer um pagamento antecipado de 50%, conforme previsto em Lei, mas foi feito um seguro”, destacou à época.

Passado pouco mais de um mês desde o anúncio da compra, nenhum respirador foi entregue. Segundo a Comunicação do Governo, a empresa adiou por algumas oportunidades a entrega dos aparelhos. “Em virtude de conduta intempestiva da empresa contratada, que não entregou os equipamentos após três prorrogações de prazo, o Consórcio Nordeste decidiu pela rescisão do contrato com a empresa. Dessa maneira, estamos na fase de estorno dos valores pagos a cada um dos estado do Nordeste”, salienta o Governo.

Ainda segundo a nota oficial, os recursos para compra de tais respiradores, objeto de rateio ao Consórcio, advém do tesouro estadual, o que reforça a urgência na resolução do distrato entre o Consórcio e empresa para utilização dos recursos em outra linha de combate à pandemia.

por João Paulo Schneider 

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