Ibovespa sobe 0,25% nesta sexta, mas cai 2,56% na semana; Dólar fica perto da estabilidade
janeiro 19, 2024O Ibovespa sofreu nesta sexta-feira (19). Começou em baixa e só virou e se consolidou na alta no final da tarde. Terminou o dia com ganhos de 0,25%, aos 127.635 mil pontos. O índice encerrou uma sequência de três quedas, mas não foi suficiente para evitar a terceira semana negativa seguida, agora com 2,56%. No ano, a baixa é de 4,88%.
O dólar hoje recuou 0,08%, a R$ 4,926 na compra e a R$ 4,927 na venda. Na semana, no entanto, a moeda americana subiu 1,4%.
A virada do Ibovespa se deu basicamente com Nova York, onde os principais índices aceleraram, a ponto do S&P 500 bater um recorde histórico intradiário de 4818.62 pontos, alcançado em janeiro de 2022. Os índices foram puxados principalmente por ações de tecnologia.
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“Na mente do investidor, as empresas líderes em IA ou com um conjunto de produtos diferenciado no espaço tecnológico estão liderando fortemente o mercado. Essa tem sido uma onda que persistiu durante o restante do ano passado até aqui”, disse à CNBC Matt Stucky, gerente-chefe de portfólio da Northwestern Mutual Wealth Management.
Cenário interno
Por aqui, em Brasília, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, aprovada pelo Congresso Nacional até 2027, valerá e que a medida provisória editada pelo governo será revogada. Haddad, por sua vez, não confirma a retirada.
No campo dos dados, o IBC-Br de novembro interrompeu sequência de quedas e teve variação de 0,01% em novembro. O índice é considerado a prévia do PIB brasileiro. Economistas entendem que a manchete mostra que atividade “andou de lado” no 4T23.
O desempenho do Ibovespa veio graças à parte mais robusta do varejo (em termos de volume de negócios), com Magazine Luiza (MGLU3) à frente, com mais 1,50%. Lojas Renner (LREN3) avançou 1,39%.
Os bancos também contribuíram, em uma sessão bastante instável e com oscilações, especialmente para Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4), que terminaram com sinais trocados: -0,19% e +0,24%, respectivamente. Banco do Brasil (BBAS3) teve um dia mais confortável, com alta de 1,05%, assim como Santander (SANB11), que valorizou 1,00%.
A Natura (NTCO3) avançou 3,23%, com seu Conselho de Administração aprovando plano para deslistar voluntariamente da New York Stock Exchange (NYSE) suas American Depositary Shares (ADSs), representadas por American Depositary Receipts (ADRs).
Eletrobras (ELET3) subiu 1,63%, com um grande banco elegendo a ação como preferida para o setor de energia em 2024. As aéreas tiveram sua cota de contribuição, com Gol (GOLL4) decolando 6,02%, ao aprovar aumento de capital SOP no valor de 1,469 milhão. Azul (AZUL4) subiu 3,88%. Embraer (EMBR3) acelerou 1,23%, com perspectivas positivas do mercado para o ano de 2024.
MRV (MRVE3) volta a subir
As ações da MRV (MRVE3) registravam queda de 30,72% em 2024 até a sessão de quinta-feira (18), enquanto Tenda (TEND3) tinha baixa ainda maior, de 35,6%, essa última após ser destaque de ganhos em 2023, levando a questionamentos sobre se a tese positiva de investimentos de muitas casas de análise para as duas construtoras se mantém. Para um grande banco, a resposta é “sim”, com potencial de alta de 90% para ações. Hoje, MRVE3 subiu 2,44% e TEND3 avançou 2,83%.
Vale (VALE3) segue em queda, de olho no “Efeito Mantega”
As ações de Vale (VALE3) caíram 10% em 2024. Hoje foram mais 1,30% de baixa. Queda do minério é vista como principal causa e analistas minimizam “questão Guido Mantega”, mas colocam risco no radar
A Petrobras (PETR3;PETR4) desceu 0,08% e 0,53%, respectivamente, com os preços do petróleo novamente cedendo no mercado internacional. LWSA, ex-Locaweb (LWSA3) perdeu 2,04%, com corte de preço-alvo por analistas.