Enjoei (ENJU3) chega a saltar 12% com aquisição de fatia da Cresci e Perdi, mas fecha em queda de 3,6%
dezembro 21, 2023As ações da Enjoei (ENJU3) registraram uma sessão de volatilidade na sessão desta quarta-feira (20) após anúncio de operação de M&A (fusão e aquisição). Os ativos ENJU3 fecharam em queda de 3,61%, a R$ 1,60, acompanhando a piora do humor dos mercados.
Na máxima do dia, contudo, ENJU3 chegou a subir 12,65%, a R$ 1,87, em um movimento que ocorreu após a companhia ter anunciado na noite da última terça a aquisição de uma participação de 25% na Cresci e Perdi (C&), a maior rede de franquias de produtos usados do Brasil, com 434 lojas e um GMV (volume bruto de mercadorias) anualizado de R$ 700 milhões, por R$ 30 milhões mais um potencial earn-out em 2027.
A companhia foca em produtos das categorias kids e baby, através de um modelo de negócio asset light, com suas receitas sendo compostas principalmente de royalties e pagamento de taxas.
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A Enjoei também terá a opção de compra da participação restante ou venda da participação atual em 2028.
Conforme destaca a XP, as sinergias esperadas com a transação são: i) a expertise da C&P na expansão de lojas físicas; ii) alavancar a base de clientes das marcas do Enjoei através de novas categorias (infantil e bebês) e canais; e iii) logística e operacional, permitindo redução de custos.
Os analistas da casa veem o anúncio como positivo, preparando a Enjoei para o caminho para a expansão das lojas físicas.
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“A operação acelera e reduz os riscos dos planos de expansão para o varejo físico, enquanto adiciona uma nova avenida de crescimento e sinergias. No entanto, vemos ganhos financeiros limitados no curto prazo, já que os resultados da C&P serão reconhecidos na conta de equivalência patrimonial, devido a participação minoritária na companhia”, avalia a equipe da XP.
O JPMorgan também ressalta ver a operação como o primeiro passo tangível para entrar no setor de lojas físicas, que foi um dos direcionamentos estratégicos divulgados nos resultados do 3T23.
“Na nossa opinião, ainda é muito cedo para avaliar adequadamente esta nova orientação estratégica”, aponta a casa, que mantém recomendação neutra para os ativos.