Não há possibilidade de aumento do gasto público, diz Rui Costa

Não há possibilidade de aumento do gasto público, diz Rui Costa

novembro 3, 2023 Off Por Today Newsroom

Em meio a dúvidas sobre o cumprimento da meta fiscal de déficit zero no ano que vem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, nesta sexta-feira (3), que não há possibilidade de aumento do gasto público, seja da parte de investimentos, seja da parte de custeio.

Segundo Rui Costa, o objetivo da reunião ocorrida durante a manhã no Palácio do Planalto, e que incluiu os demais ministros do setor de infraestrutura, foi ouvir o que já foi feito para o Novo PAC em 2023, além de discutir o orçamento diante das dúvidas sobre o cumprimento da meta em 2024.

Pouco antes do encontro desta sexta começar, Lula afirmou que “para quem está na Fazenda, dinheiro bom é o dinheiro do Tesouro. Mas para quem está na presidência, dinheiro bom é dinheiro em obras, em estradas, em escolas”. Na conversa com jornalistas, após o encontro, Rui Costa disse que a fala do presidente tem relação com a busca por eficiência nos gastos públicos. “Se tem escola ou hospital iniciado, tem que ser concluído, servir à população. Porque não adianta ficar com dinheiro no caixa do ministério”, afirmou o ministro.

Rui Costa também chamou a atenção para as regras impostas pelo arcabouço fiscal, que estabelece “uma trava” para os gastos. Pela nova regra, sancionada pelo presidente no fim de agosto, as despesas serão limitadas a 70% do crescimento real das receitas em 12 meses até junho do ano anterior, com piso de 0,6% e teto de 2,5%.

Para o próximo ano, as despesas discricionárias, que são aquelas em que o governo tem algum poder de decisão sobre a execução, e que incluem programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e investimentos em obras que constam na lista do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão orçadas em R$ 211,9 bilhões.

Além do ministro da Casa Civil, estiveram presentes na reunião com Lula os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), dos Transportes, Renan Filho (MDB), das Cidades, Jader Filho (MDB), de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), além do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Há uma semana, Lula disse a jornalistas que a meta fiscal de 2024 não precisaria ser equivalente a zero e que o objetivo dificilmente será alcançado, já que o governo não abrirá mão de investimentos. Neste debate, parte da ala política defende que não haja contingenciamento de verbas do Orçamento no próximo ano, o que poderia inviabilizar a realização de obras em período eleitoral.

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(Com Agências)

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