Ibovespa Futuro opera com leve alta em semana marcada por decisões de juros
setembro 18, 2023O Ibovespa Futuro (INDFUT) opera com leve alta na abertura dos negócios nesta segunda-feira (18), em meio à preocupações com o crescimento global no início de uma semana cheia de reuniões de política monetária.
No Brasil, as atenções se dividem entre a decisão do Banco Central sobre a Selic e a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Além da decisão do BC brasileiro e do Federal Reserve, ambas na quarta-feira, também se reúnem esta semana as autoridades monetárias de Noruega, Suécia, Suíça, Reino Unido, Japão e China.
Temores em relação ao setor imobiliário da China, tensões geopolíticas e greves deixavam os investidores cautelosos em relação à economia global.
Em Nova York, Lula participará da Assembleia Geral das Nações Unidas, e terá uma reunião bilateral com o presidente dos EUA, Joe Biden. O presidente está acompanhado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que apresentará o plano de transformação ecológica do governo.
Já as projeções dos analistas de mercado para a inflação de 2023 e de 2024 interromperam um sequência de altas e caíram nesta semana, enquanto as estimativas para o crescimento do PIB nos dois anos continuaram a avançar, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Relatório Focus do Banco Central.
A estimativa do IPCA para este ano recuou dos 4,93% da semana passada para 4,86%, enquanto a previsão para a inflação para 2024 caiu de 3,89% para 3,86%.
Ibovespa Futuro (INDFUT) acompanha cautela externa
Às 9h40 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro operava com leve alta de 0,18%, a 120.200 pontos.
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Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam no campo negativo, enquanto investidores aguardam a próxima decisão política do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira (20).
O consenso prevê que a taxa continue onde está, no intervalo que vai de 5% a 5,25%. A decisão do banco central americano sai às 15h e Jerome Powell, presidente do Fed, fala com a imprensa na sequência.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,07%, o S&P Futuro tinha queda de 0,16% e Nasdaq Futuro recuava de 0,31%.
Dólar
O dólar comercial opera com baixa de 0,16%, cotado a R$ 4,863 na compra e na venda.
Já o dólar futuro (DOLFUT) para outubro caía 0,28%, equivalente aos 4.867 pontos.
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O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,03%, a 105,29.
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No mercado de juros, os contratos operam sem direção definida, à medida que investidores se preparam para decisão sobre juros do Copom na próxima quarta-feira.
O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,28%; DIF25, +0,01 pp, a 10,43%; DIF26, +0,01 pp, a 10,09%; DIF27, -0,01 pp, a 10,32%; DIF28, 0,00 pp, a 10,67%; DIF29 -0,02 pp, a 10,89%
Exterior
Os mercados europeus operam no vermelho, após a queda dos seus pares da Ásia-Pacífico, enquanto os investidores aguardam uma semana de decisões dos principais bancos centrais do mundo. A maioria delas ocorre na quinta-feira, na esteira do Fed.
O Banco da Inglaterra ocupará o centro do palco, com previsões quase unânimes de um aumento de um quarto de ponto, mas menos consenso sobre o que acontecerá em seguida.
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Com a economia do Reino Unido tendo encolhido no ritmo mais rápido em sete meses no início do terceiro trimestre e o mercado de trabalho mostrando sinais de desaceleração, é possível que a medida seja a última.
No mesmo dia, os formuladores de políticas do Banco Nacional Suíço liderados pelo presidente Thomas Jordan podem implementar outro aumento da taxa para conter a inflação, que atualmente está abaixo da meta. Se o fizerem, também pode ser a última medida no ciclo atual de aperto.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com baixa em sua maioria, com investidores montando posições para receber importantes decisões de juros da região.
O BoJ (Banco do Japão) será o centro das atenções na Ásia nesta semana, enquanto os investidores procuram mais sinais do presidente Kazuo Ueda sobre a direção da política monetária.
Embora economistas consultados pela Bloomberg não esperem mudanças na reunião de sexta-feira, eles examinarão de perto quaisquer comentários sobre o futuro das taxas de juros negativas, depois que Ueda mencionou recentemente a possibilidade de eliminá-las.
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Na China, espera-se que as taxas de empréstimos principais permaneçam inalteradas na quarta-feira, enquanto os bancos centrais nas Filipinas e na Indonésia também devem manter as taxas inalteradas na quinta-feira, mesmo com a aceleração da inflação em ambas as economias.
Petróleo e minério de ferro
Os preços do petróleo operam com alta, impulsionados pelas previsões de um aumento do déficit de oferta no quarto trimestre, após a Arábia Saudita e a Rússia prolongarem os cortes e pelo otimismo de uma recuperação da procura na China, o maior importador mundial de petróleo.
Entretanto, na sessão desta segunda-feira, as cotações do minério de ferro na China fecharam com leve baixa, depois de sólidos ganhos na semana anterior, com as manchetes negativas relacionadas ao setor imobiliário da China provocando cautela.
O contrato de referência do ingrediente siderúrgico para outubro na Bolsa de Cingapura caiu 0,9%, conforme a Reuters, para US$ 121,90 por tonelada. Ao longo da sessão, o contrato chegou a atingir US$ 119,60 dólares, recuando acentuadamente em relação ao pico de seis meses de US$ 123,75 registrado na sexta-feira.
O minério de ferro mais negociado em janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações do dia com perda de 0,2%, a 871,50 iuanes (US$ 119,53) por tonelada.
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Conforme a Reuters, a incorporadora imobiliária chinesa Country Garden enfrenta mais um teste de liquidez com o prazo de segunda-feira para pagar US$ 15 milhões em juros vinculados a um título offshore, depois de ter evitado a inadimplência no último minuto duas vezes no início deste mês.
Outra incorporadora em dificuldades, a China Evergrande Group, viu suas ações despencarem 25% depois que a polícia deteve alguns funcionários de sua unidade de gestão de patrimônio, segundo a Reuters, sugerindo uma nova investigação que poderia agravar seus problemas.
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