Seis em cada dez brasileiros com hepatite B não receberam diagnóstico

Seis em cada dez brasileiros com hepatite B não receberam diagnóstico

julho 30, 2023 Off Por Today Newsroom

(Foto: Freepik)

O Brasil tem pouco mais de 276 mil pessoas diagnosticadas com hepatite B, segundo dados divulgados no relatório Hepatites Virais 2023. Entretanto, estima-se que exista pelo menos um milhão de pessoas convivendo com o vírus no país. Isso significa que seis em cada dez infectados não conhecem o próprio quadro de saúde e, portanto, não tiveram a chance de receber tratamento. “É fundamental ampliarmos esses diagnósticos”, ressaltou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.

A campanha “Hepatites, descubra se você tem”, lançada neste mês de julho, é um alerta para este público – lembrando que as Hepatites B e C podem não causar sintomas perceptíveis nos primeiros anos após o contágio. O último dia 28 de julho, foi marcado pelo Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais e, por isso, Ministério da Saúde reforça o alerta para alguns sintomas:

Cansaço;
Tontura;
Enjoo e/ou vômitos;
Febre;
Dor abdominal; e
Pele e olhos amarelados.
Entretanto, esses sinais podem ocorrer apenas em uma fase avançada da doença, décadas após o contágio. A melhor maneira de descobrir é procurando uma Unidade Básica de Saúde mais próxima e manifestar o interesse em fazer o teste para a doença.

Compromisso com a eliminação

As hepatites virais fazem parte das chamadas doenças determinadas socialmente, sobre as quais há um compromisso do Brasil para a eliminação nos próximos sete anos. Em relação às hepatites B e C, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% das pessoas diagnosticadas, reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade.

Para atingir a meta, o Ministério da Saúde adotou um novo protocolo de tratamento. Dessa forma, o país vai mais que dobrar os atuais 41 mil pacientes em tratamento para Hepatite B, chegando a 100 mil. As mudanças são baseadas em evidências científicas mais atuais e posicionam a política de combate à doença no Brasil como uma das mais avançadas do mundo.

Fonte: MS

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