Tesouro Direto: juros reais de títulos de inflação caem para até 5,14% com inflação dos EUA no foco

As taxas dos títulos do Tesouro Direto recuam nesta quarta-feira (12) depois que a inflação dos Estados Unidos veio abaixo do que o mercado esperava, o que levou a uma queda generalizada nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries).

Os juros oferecidos pelos Treasuries de 10 anos recuavam de 3,985% para 3,858%, por volta das 13h. Já o rendimento da T-note de cinco anos caía de 4,239% para 4,072% no mesmo horário.

Segundo o Departamento do Trabalho americano, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em junho, após uma alta de 0,1% em maio.

O consenso Refinitiv de analistas apontava para alta de 0,3% na leitura mensal. No acumulado em 12 meses, o indicador subiu 3%, enquanto especialistas esperavam avanço de 3,1%.

O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de alimentos e energia, subiu 0,2% em junho e 4,8% nos últimos 12 meses.

Os juros dos títulos do Tesouro Direto seguiam a mesma tendência vista nos EUA. O Tesouro Prefixado 2029 entregava rentabilidade anual de 10,51% na segunda atualização do dia, às 11h51, após pagar 10,65% ontem. A taxa do prefixado com vencimento em 2033 caía de 10,69% para 10,56%.

Títulos de inflação também tinham queda no rendimento. O juro real do Tesouro IPCA+ 2035 recuava de 5,30% para 5,24%. A rentabilidade do título de inflação para 2040 saía de 5,43%, na véspera, para 5,38% hoje. O papel mais longo, que vence em 2055, entregava retorno real de 5,51%, ante os 5,54% vistos ontem (11).

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta quarta-feira (12):

Setor de serviços cresce em maio

O volume de serviços teve aumento de 0,9% em maio na comparação com abril, mostrou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na leitura anterior, o indicado teve queda de 1,5%.

Na comparação anual, o setor de serviços cresceu 4,7% e teve a 27ª alta seguida. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Analistas consultados pela Refinitiv esperavam alta de 0,3% na comparação mensal e crescimento de 3,8% na leitura anual.

Reforma tributária

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou ontem (11) não ver espaço para aumento da carga tributária com a aprovação da proposta de mudança nos impostos sobre o consumo.

O relatório deve ser apresentado em outubro, segundo o senador. Braga sinalizou que pretende fazer mudanças no texto aprovado na Câmara dos Deputados, mas espera que a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ocorra ainda em 2023.

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