Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem nesta quinta-feira

Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem nesta quinta-feira

maio 14, 2020 Off Por Today Newsroom

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto sobem nesta quinta-feira (14), com o aumento de aversão ao risco no exterior, em meio a declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a China e, ainda, sob efeito da projeção do presidente do Federal Reserve, o banco central americano, de que a crise será longa.

Também pressionam os prêmios dos papéis hoje a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro pretende atender apenas parcialmente o ministro da Economia, Paulo Guedes, em relação ao veto no reajuste do funcionalismo público, sem se desgastar com categorias que o apoiam.

Segundo a Bloomberg, a possível solução seria vetar reajustes, mas ao mesmo tempo permitir que regras que permitem pagamento de benefício, como licença prêmio, continuem sendo aplicadas. Também está em estudo encaminhar ao Congresso um novo projeto autorizando reajustes apenas para policiais. Isso faria parte de uma costura política para evitar que o Congresso derrube o veto.

Mercado hoje

Em meio a um ambiente de maior aversão ao risco, o dólar avançava 0,78% por volta das 10h19, cotado a R$ 5,94. Já o Ibovespa recuava 0,81%, aos 77.159 pontos.

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 3,69% ao ano nesta manhã, ante 3,64% a.a. na tarde de quarta-feira (13). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 4,77%, frente aos 4,88%, a.a. ofertados anteriormente.

Entre os papéis prefixados, o juro do papel com vencimento em 2023 subia de 4,85% para 4,99% ao ano, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2031 avançava de 8,35% para 8,54% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta quinta-feira (14):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário externo

No ambiente externo, investidores repercutem o discurso feito ontem pelo presidente do Fed, Jerome Powell, de que medidas adicionais de política monetária podem ser necessárias para retirar os Estados Unidos da recessão. Ele ainda previu tempos duros para a economia pela frente, mas sem colocar juros negativos como uma medida para reverter esse quadro.

Também pesam o desacordo entre Donald Trump e o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, acerca da reabertura dos comércios em diversos estados, bem como as falas do presidente americano de que está “olhando” as empresas chinesas com ações negociadas nas bolsas americanas, mas que não seguem as regras contábeis dos EUA, segundo a Fox Business.

Ainda nos Estados Unidos, investidores monitoram hoje os pedidos de seguro-desemprego, que somaram 2,981 milhões na semana passada, acima da expectativa mediana dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para 2,5 milhões de requisições do benefício.

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