
Janja e Michelle têm pouca influência na definição de voto, aponta pesquisa Genial/Quaest
agosto 22, 2022Em evidência nas campanhas eleitorais dos maridos que são os principais candidatos ao Palácio do Planalto, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e Janja — casada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — têm pouca influência na definição do voto do eleitor, aponta recorte de pesquisa Genial/Quaest divulgado na sexta-feira (19).
Michelle Bolsonaro recebeu da campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), a tarefa de quebrar o gelo com o eleitorado feminino, que tende a rejeitá-lo, e de fortalecer a aceitação do mandatário entre os evangélicos.
Segundo o levantamento, a primeira-dama influencia positivamente o voto de 14% dos entrevistados. Outros 4% avaliam que ela influencia negativamente no voto e 77% disseram que ela não tem influência. No caso de Janja, 9% responderam que ela influencia positivamente no voto, 3% avaliaram que ela influencia negativamente e 81% consideraram que ela não exerce qualquer influência.
Michelle ganha mais poder de formação de opinião entre os evangélicos, mas ainda assim minoritário. Entre esse estrato da população, o percentual dos que consideram que ela tem influência positiva passa a 22%, enquanto 2% veem influência negativa e 72% não veem qualquer influência.
No caso de Janja, a influência positiva é de 7% neste eleitorado, a negativa é de 4% e para 82% a influência é nenhuma.
O Quaest também perguntou sobre a imagem que Michelle e Janja têm entre os eleitores. Considerado todo o eleitorado, 34% veem a primeira-dama de forma positiva, 8% são indiferentes, 15% têm uma imagem negativa e 39% não a conhecem. No caso de Janja, 10% têm uma imagem positiva, 5% são indiferentes, 5% têm uma imagem negativa e 77% não a conhecem.
Entre os evangélicos, a visão sobre Michelle melhora significativamente, com 52% declarando ter uma imagem positiva, 4% são indiferentes, 9% têm imagem negativa e 32% não a conhecem. Por outro lado, Janja tem imagem positiva entre 7% dos evangélicos, enquanto 4% são indiferentes, 5% a veem negativamente e 81% não a conhecem.
A primeira-dama tem participado da campanha não apenas de olho do eleitorado feminino em geral, mas também na parcela evangélica da população, já que ela mesma é praticante da religião. Janja, por sua vez, além de acompanhar Lula em eventos de campanha, também tem realizado agendas-solo e discursado nessas ocasiões.
A pesquisa da Quaest encomendada pela Genial Investimentos foi realizada entre 11 e 14 de agosto e entrevistou 2.000 pessoas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.