Larry Page: o gênio que criou o Google e deixou todas as informações à distância de um clique

Larry Page: o gênio que criou o Google e deixou todas as informações à distância de um clique

maio 9, 2020 Off Por Today Newsroom

Larry Page
(Crédito:
Justin Sullivan / GettyImages)
Nome completo: Lawrence Edwards Page
Ocupação:  Empreendedor
Local de Nascimento: Lansing, Estados Unidos
Data de Nascimento: 26 de março de 1973
Fortuna: US$ 66,3 bilhões

Quem é Larry Page?

Nascido em uma família de programadores, Larry Page descobriu cedo seu interesse por computadores. A sacada da sua vida veio quando ele cursava o doutorado na Universidade Stanford, ao perceber que poderia usar links para hierarquizar as páginas da internet. Funcionaria como nos artigos científicos: quanto mais referências – ou links –, mais importante o texto deve ser.

Com essa ideia genial, ele começou a organizar a internet criando o Google, um poderoso sistema capaz de entregar rapidamente ao seu usuário qualquer informação disponível online.

De tão relevante e presente na vida moderna, a palavra ‘google’ entrou para os dicionários – quem duvidar, pode dar um Google e confirmar.

Em torno de um motor de buscas, Larry Page construiu um império financiado pelos bilhões arrecadados com anúncios no site, que se tornou um gigante.

Debaixo de seu guarda–chuva, passaram produtos como YouTube, Android, Chrome, Waze, Google Maps, Translate, Books, Orkut, Images, Drive, Calendar, Analytics, entre outros.

Page deixou o comando da companhia em dezembro de 2019 e ensaia uma aposentadoria.

Família e formação

Há um ditado que afirma que uma fruta não cai longe do pé. Esse é, definitivamente, o caso de Larry Page.

O gênio por trás do Google nasceu em uma casa de programadores, tendo amplo acesso a textos e revistas de tecnologia e computação.

Seu pai, Carl Victor, recebeu um PhD em ciência da computação na Universidade de Michigan em 1965, quando o tema e os computadores ainda estavam engatinhando.

Então, Carl começou a dar aulas na Universidade Michigan State, mesma instituição na qual a mãe de Page, Gloria, era instrutora de programação de computadores.

Na carta anual dos fundadores do Google de 2013, Page contou que a curiosidade ditou boa parte de sua infância. O garoto devorava livros e revistas de tecnologia. Ao lado de seu irmão mais velho, Carl, o pequeno Larry desmontava objetos para ver por dentro como eles funcionavam.

Apesar de menos famoso que o irmão caçula, Carl Page também é um empreendedor bem-sucedido, fundador da eGroups, uma startup que oferecia um sistema de trabalho corporativo e grupos de email. A empresa foi vendida para o Yahoo! e rebatizada como Yahoo! Groups.

Além da computação, a música era parte essencial da juventude de Page, que aprendeu a tocar flauta e saxofone, além de estudar composição musical. Essa habilidade o ajudou a aguçar a percepção de velocidade e tempo, contado na casa dos milissegundos no Google.

O sonho de empreender surgiu cedo, aos 12 anos. Criado em um ambiente que estimulava a criatividade, Page dizia ter várias ideias e sonhava em ser inventor.

Um livro, porém, moldou seu futuro: a biografia de Nikola Tesla, imigrante sérvio que desenvolveu a base de quase todos os sistemas modernos de geração de energia elétrica. Mas o gênio por trás do electromagnetismo e da corrente alternada era péssimo em negócios e morreu endividado.

A história de Tesla fez Larry entender não adiantava ter milhões de ideias se as pessoas não as usassem. Era preciso levar as invenções ao mercado.

Larry Page e Sergey Brin
(Crédito: Kim Kulish/ Getty Images)

De estudante a bilionário: a fundação do Google com Sergey Brin

Ao fim do ensino médio, Page seguiu o caminho da família e cursou Engenharia da Computação na Universidade do Michigan. Depois, fez doutorado em Ciência da Computação na prestigiosa Universidade Stanford.

Em busca de inspiração para sua dissertação, o ainda doutorando sugeriu ao seu orientador estruturar a internet na forma de um grande gráfico, no qual as páginas são conectadas por links.

O professor gostou da ideia e sugeriu que Page aprofundasse o estudo nesta área, algo que ele anos depois classificaria como o melhor conselho que já recebeu.

Page se debruçou sobre a tarefa de criar um ranking das páginas da web baseado nos links direcionados para elas. A ideia era semelhante a usada nos trabalhos científicos.

No meio acadêmico, quase tão importante quanto publicar um artigo, é vê-lo ser citado em outras pesquisas futuras. Quanto mais citações um artigo tem, mais relevante ele é considerado. O mesmo, imaginou Page, deveria valer para os links apontando para outras páginas.

Seu projeto de mapeamento da internet foi chamado de BackRub, que em inglês quer dizer “massagem nas costas”.  O nome fazia piada com os links de referência, chamados de backlinks.

Mas Larry Page não foi o único aluno de Stanford a participar do projeto. Entre os outros colegas do estudo estava Sergey Brin, seu futuro parceiro e sócio no Google.

A dupla desenvolveu um sistema de ranqueamento de páginas chamado de PageRank, que atribuía uma nota a cada domínio da internet. O número mede a relevância da página pela quantidade e qualidade dos links que redirecionam para elas. O nome do sistema faz referência ao sobrenome de Larry, igual a palavra “página” em inglês.

Na época do início do projeto, em 1996, os principais buscadores ranqueavam os resultados de acordo com a quantidade de vezes que o termo buscado aparecia no texto. Isso gerava resultados em uma ordem que poderia ser facilmente manipulável. Page e Brin queriam mostrar que o sistema de referências gerava um resultado melhor e mais útil para o usuário.

A dupla transformou o quarto de Brin no dormitório da faculdade em um escritório e lotaram o de Page com computadores montados a partir de peças emprestadas e doadas.

A ideia era aproveitar a conexão superveloz de Stanford para rastrear e indexar todas as páginas disponíveis na internet. Com o trabalho pesado, o robô criado por Page e Brin chegou a consumir quase metade de toda a banda de internet da universidade e até derrubou a conexão da instituiççao em algumas ocasiões.

O trabalho de rastreamento começou em março de 1996, a partir da página de Larry Page em Stanford e passou a seguir os links, baixando e indexando todo o conteúdo encontrado.

No final de agosto, a primeira versão do que seria o Google foi disponibilizada no site de Stanford com 75 milhões de páginas indexadas e 207 gigabytes de conteúdo baixado, uma enormidade para os padrões da época, quando um computador padrão vinha com cerca de 2 Gb de armazenamento.

Google: o erro de digitação que foi para o dicionário

O projeto, até então chamado de BackRub precisava ser rebatizado. Então, em um brainstorm com colegas do doutorado, foi sugerido o nome “googolplex”. Page achou o termo longo demais e optou por uma versão mais curta: “googol” – o número 1 seguido de cem zeros.

Quando a equipe foi checar se o domínio estava disponível, um erro de digitação os levou para o endereço “google.com”. O grupo gostou ainda mais do nome e decidiu mantê-lo. O domínio foi registrado no dia 15 de setembro de 1997, no nome de Larry Page e Sergey Brin.

Mas, apesar de acreditar no potencial do sistema que tinha desenvolvido, Page não estava convencido a deixar a vida acadêmica para se dedicar integralmente a desenvolver o novo negócio.

Sua ideia inicial era licenciar o sistema de buscas e ranqueamento para outros sites – ou até mesmo vender todo o negócio. Mas a procura por compradores foi um fracasso, pois grandes portais de internet não estavam interessados em buscadores na época.

O negócio frustrado foi decisivo para Page suspender o doutorado e desenvolver o Google ao lado de Sergey Brin.

Em 1998, quando recebia cerca de 10 mil buscas diárias, o Google ainda estava hospedado no sistema de Stanford de usava a infraestrutura da universidade.

A dupla precisava de dinheiro. Para ajudar seus alunos, um professor agendou uma reunião com Andy Bechtolsheim, investidor e fundador Sun Microsystems. Bastou um encontro para que a Page e Brin saíssem com um cheque de US$ 100 mil, direcionado para o Google, Inc. – uma empresa que simplesmente ainda não existia.

Por isso, a dupla passou as semanas seguintes lidando com a papelada e abrindo a conta para poder depositar o cheque. O Google foi formalmente fundado em 4 de setembro de 1998, com Page e Brin dividindo a liderança da companhia.

Supervisão adulta

Agora fora de Stanford, os sócios precisavam achar uma nova casa para o Google. A solução foi alugar uma garagem e dois cômodos da casa de Susan Wojcicki, colega de faculdade e a atual CEO do YouTube.

Com dinheiro contado para montar a empresa que hoje fatura mais de US$ 150 bilhões por ano, Larry Page precisou ser criativo. Um exemplo era o aluguel que o Google pagava a um depósito para manter seus servidores.

O valor era cobrado por metro quadrado utilizado. Page decidiu, então, fazer valer o dinheiro: retirou todas as peças inúteis (como o botão de ligar e desligar) e reorganizou as placas dos aparelhos. O resultado: o Google conseguiu encaixar 30 vezes mais servidores do que seus concorrentes em uma mesma área.

Mas, apesar da criatividade, o Google precisava de ainda mais dinheiro para continuar crescendo. A primeira rodada de investimento levantou cerca de US$ 1 milhão com amigos, familiares e nomes famosos como Jeff Bezos, da Amazon. Mas ainda era pouco.

Em 1999, após uma nova – e fracassada – tentativa de vender a empresa, Page e Brin foram atrás de empresas de venture capital.

Sem geração de receita, mas com um crescimento exponencial, a Sequoia Capital e a Kleiner Perkins aportam US$ 25 milhões no Google, aceitando a maioria das condições impostas por Page e Brin. Mas havia uma exceção: Page deveria deixar o cargo de CEO e o Google deveria contratar um “adulto” para supervisionar a dupla de jovens de 26 anos.

Precisando do dinheiro, a Page e Brin concordam… mas só por um tempo. Meses depois de acertarem o aporte, a dupla avisou a John Doerr, diretor da Kleiner Perkins, que havia mudado de ideia: eles eram as melhores pessoas para comandar o Google – e sem supervisão adulta.

Convencido de que Page não está pronto para comandar uma empresa global, Doerr pede que ele ao menos converse com CEOs de grandes empresas de tecnologia como Steve Jobs e Jeff Bezos e pergunte como é o dia a dia deles no comando dessas companhias.

Após as reuniões, Page concordou que o Google precisava de um novo CEO – mas desde que ele fosse Steve Jobs. A mudança no comando acabou não acontecendo. Mas Doerr venceu a disputa: Page entendeu que precisava de ajuda.

Controlador e agressivo: o estilo Larry Page de liderar

Larry Page é um centralizador e não esconde isso. O empresário detalhou em cinco pontos seu estilo de liderança, começando por: “não delegue: faça tudo que puder sozinho para andar mais rápido”.

Em sua lista, Page também diz que funcionários que não agregam valor não devem “se meter”; afirma que ideias são mais importantes do que a idade; e encerra dizendo que ninguém deve dizer “não” sem oferecer uma solução melhor.

Page também se incomodava com profissionais em posição de comando no Google que não tivessem base técnica. Para ele, apenas engenheiros deveriam comandar engenheiros. E essa opinião provocou tensões na companhia.

Em julho de 2001, o Google já tinha cerca de 400 empregados. Entre eles, estavam alguns gerentes de projeto, que separavam os engenheiros do próprio Larry Page.

Irritado com o fluxo de processos na empresa, Page decidiu demitir todos os gerentes de uma só vez – na frente de todos os outros funcionários – fazendo as centenas de engenheiros responderem diretamente ao vice–presidente de engenharia.

A medida pegou os funcionários de surpresa e levou a reações extremas, como a de um engenheiro que não resistiu e, aos berros, classificou Page de pouco profissional e sua atitude de “ridícula”.

As decisões acabaram sendo revertidas, mas geraram uma reorganização geral – que acabou se mostrando pouco efetiva.

A história ilustra a dinâmica caótica e centralizadora usada por Larry Page em sua gestão. Sua relação com Sergey Brin e os demais executivos era cheia de discussões acaloradas, ásperas e agressivas.

Não era incomum Page desmerecer ideias e fazer críticas pessoais quando não gostava de sugestões. Mas ele também sabia voltar atrás quando percebia que estava errado.

Em uma discussão sobre o Google Toolbar, por exemplo, o executivo Wesley Chan levantou a tese de que a ferramenta não estava sendo utilizada porque não agregava funcionalidade ao usuário, sugerindo que um bloqueador de pop-ups fosse embutido no serviço. Page refutou e disse que aquela era a ideia mais idiota que ele já havia ouvido.

Mas Chan acreditava tanto na sua ideia que instalou secretamente uma versão melhorada da Google Toolbar no computador de Page, com um bloqueador de pop-up.

Semanas depois, quando o CEO disse em uma reunião que estava vendo menos propagandas, Chan revelou o motivo. Resultado: a nova Toolbar foi lançada com a funcionalidade.

IPO do Google
(Crédito: Getty Images)

Dos computadores para o celular

Em 2001, o Google enfim ganhou a “supervisão de um adulto” com a chegada de Eric Schmidt, ex-CEO da Novell, que assumiu o comando em agosto. Page passou a ser o vice-presidente de produtos da empresa.

Sob o controle de Schmidt, o Google fez seu IPO em 2004 – tornando Page e Brin bilionários – e se transformou uma potência mundial.

Apesar de ter ficado menos relevante no organograma, Page ainda supervisionava os principais lançamentos e negócios da empresa, como o Gmail, em 2004, e a aquisição do YouTube, em 2006. Alguns produtos, inclusive, foram resultado de experimentos do próprio Page.

Ainda no final dos anos 1990, Page e Brin montaram diversos braços mecânicos com Lego para passar páginas de livros: a “brincadeira” se transformaria no Google Books. Ele também passou dias dirigindo e tirando fotos por Palo Alto, na Califórnia, para provar o conceito que viraria o Google Street View.

E a próxima grande sacada do Google também viria da genialidade de Page.

Em 2005, sem que Schmidt soubesse – e com pouco interesse de Brin –, Page fez o Google comprar por US$ 50 milhões a startup Android e decidiu manter a equipe de desenvolvimento do sistema operacional.

A ideia era levar as buscas do Google para dispositivos portáteis. Page colocou a equipe do Android em um prédio fora do Google e deu ampla autonomia à equipe comandada por Andy Rubin.

A criação do novo sistema operacional virou a obsessão de Page e o lançamento do iPhone em 2007 mostrou que a equipe estava na direção certa… mas bastante atrasada. O Android, por exemplo, previa o uso de um teclado físico, algo que a Apple já havia eliminado de seu aparelho.

Em 2008, foi lançado o primeiro aparelho com  o Android, o G1, em parceria com a norte–americana T–Mobile. A operadora queria competir com a rival AT&T, dona de exclusividade na venda de iPhones nos EUA.

A opção de manter o Android gratuito, além da necessidade de o mercado de telefonia alcançar a Apple, fez com que o sistema fosse adotado maciçamente. Mesmo após uma largada atrasada, o Android superou o iOS em número de novas instalações no 2º trimestre de 2010.

Alphabet: carreira e aposentadoria

Apesar do sucesso do Android, notícias sobre o clima de trabalho ruim e burocrático do Google começaram a se tornar frequentes na imprensa no final de 2010. A empresa, já com quase 15 anos, deixou de ser uma das “queridinhas” dos novos engenheiros, perdendo espaço para o Facebook.

Era mais difícil que um novo engenheiro deixasse seu legado em uma empresa de 24 mil funcionários, como o Google, do que na ainda recém-criada rede social.

Ainda reinava no Google a política das discussões acaloradas e de troca de xingamentos entre executivos. Era natural que colegas de trabalho se detestassem e até se recusassem a trabalhar juntos. Page percebeu que essa cultura era uma fraqueza que ameaçava o futuro da empresa e resolveu agir.

Além do clima ruim, o ritmo de inovação do Google também não estava deixando Page feliz. Conhecido por estimular os grandes projetos que mudam a vida das pessoas, Page via que os lucros expressivos não eram acompanhados de produtos inovadores. A última grande novidade havia sido o Android.

Para mudar os rumos da empresa, Page voltou para a cadeira de CEO no início de 2011. Enfim, a empresa não precisava mais de uma supervisão adulta, como Eric Schmidt escreveria no Twitter.

Ao reassumir o Google após 10 anos, Larry reorganizou a empresa colocando um executivo com autonomia no comando de cada grande produto para tentar replicar o sucesso da equipe responsável pelo Android.

Assim, o Google lançou a rede social Google+ para brigar com o Facebook (ela seria extinta em 2019), redesenhou todos os produtos e comprou por US$ 12,5 bilhões a Motorola para acessar suas patentes, precavendo-se de processos contra o Android. A empresa, no entanto, seria vendida três anos depois, por US$ 2,9 bilhões, para a Lenovo.

Na sequência, o Google avançou na instalação de redes de fibra óptica, levou a internet a áreas isoladas por meio de balões, lançou o Chromebook e o Chrome OS para bater de frente com a Microsoft e turbinou seus serviços na nuvem, de olho na Amazon. Page também reviu o portfólio da empresa, anunciando de uma só vez o fechamento de mais de 70 produtos.

A maior mudança, porém, aconteceria na cultura da empresa.

No início de 2013, o “esquentado” Larry Page informou aos seus executivos que o ambiente de guerra do Google deveria acabar. A partir daquele momento, começaria uma política de “tolerância zero” a brigas na empresa.

Na sua visão, o antigo ambiente não era mais capaz de fazer a empresa chegar aos seus ambiciosos objetivos. O mesmo Larry Page que demitiu todos os gerentes de projeto na frente de toda a equipe decidiu encerrar a guerra interna do Google.

No quarto ano após seu retorno ao comando do Google, Page fez uma mudança ainda mais profunda na estrutura da empresa ao lado do parceiro Sergey Brin.

A dupla criou a Alphabet, uma holding que abrigaria o Google e outras iniciativas. Ao lado de Brin, Page assumiu a liderança da nova empresa,  deixando o cargo de CEO do Google para Sundar Pichai.

No comando da Alphabet, Page foge dos holofotes e passa a liderar os grandes projetos futuristas da empresa – muitos deles ainda secretos – como carros e aviões autônomos, óculos inteligentes e drones.

Publicamente, sua presença ficou ainda vez mais reduzida, principalmente após uma paralisia das cordas vocais deixá-lo com a voz parecida com um sussurro.

Em dezembro de 2019, Page anunciou que deixaria o cargo de CEO da Alphabet e seria novamente substituído por Sundar Pichai – que segue também no comando do Google.

Só o tempo confirmará se Page tem novos grandes planos ou se esse é o começo de aposentadoria para curtir sua ilha particular no Caribe com sua esposa Lucinda Southworth e seus dois filhos.

Para saber mais

Livros

Estou com Sorte: Confissões do funcionário número 59 do Google (Douglas Edwards)
Como o Google funciona (Eric Schmidt)
Google – A Biografia. Como o Google pensa, trabalha e molda as nossas vidas (Steven Levy)
Google: Lições de Sergey Brin e Larry Page, os criadores da empresa mais inovadora de todos os tempos (Janet Lowe)

TED

Para Onde o Google Vai Seguir 
Sergey Brin e Larry Page falam sobre o Google 

waiting...