Governo argentino proíbe venda de voos comerciais no país até setembro
abril 28, 2020SÃO PAULO – A Argentina tomou uma das mais duras restrições de viagem para tentar barrar o avanço do coronavírus no país. Desde segunda-feira (27), proibindo completamente a venda de passagens aéreas. Já muito afetado pela crise, o setor de aviação deve ser ainda mais pressionado por essa nova medida.
O decreto foi assinado pela Administração Nacional de Aviação Civil Argentina e se estende até dia 1 de setembro. A compra e venda de voos comerciais a partir, com destino ou dentro da Argentina está terminantemente proibida.
Embora outros países da America do Sul também tenha imposto restrições de voos ou proibições momentâneas, nenhum estendeu a restrição de forma tão alongada.
“O problema era que as companhias aéreas estavam vendendo passagens sem terem autorização de viajar para solo argentino”, disse um porta-voz do presidente Alberto Fernandez.
Segundo a agência de notícias Reuters, a restrição das vendas de passagens na Argentina pressiona especialmente a operação da Latam, dada a importante participação do mercado argentino nos negócios da chileno-brasileira.
A proibição também é um forte golpe nas operações das companhias menores e de baixo custo, chamadas de low cost, como a FlyBondi, no mercado interno, e SkyAirlines e JETSmart, que voam internacionalmente.
Por outro lado, a Aerolineas Argentinas, maior companhia aérea do país, é uma empresa estatal e pode sobreviver à crise por quanto tempo o governo puder subsidiar seus gastos.
Coronavírus na Argentina
Vale lembrar que a Argentina está com suas fronteiras fechadas desde março e aplica no país um severo modelo de distanciamento social e isolamento, que estabeleceu que a população poderá realizar breves saídas recreativas, por no máximo uma hora por dia e até 500 metros de distância de casa.
No último domingo (26), Alberto Fernández, presidente do país, prorrogou o fechamento das fronteiras e o isolamento social preventivo até dia 10 de maio. Segundo o último levantamento do governo, a Argentina contava com 4 mil casos confirmados e apenas 197 mortos desde o início do surto no país.
(Com Agência Brasil)