Ex-presidente da CBDA, Coaracy Nunes é internado em UTI no RJ

Ex-presidente da CBDA, Coaracy Nunes é internado em UTI no RJ

abril 26, 2020 Off Por Today Newsroom

Coaracy Nunes foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (6)

Coaracy Nunes foi presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) entre 1988 e 2017

Ex-presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Coaracy Nunes, que completa 82 anos neste domingo (26), foi internado na UTI de um hospital na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Líder dos esportes aquáticos do País entre 1988 e 2017, o advogado teve complicações de saúde na noite do último sábado (25).

Coaracy Nunes tem diabetes e outros problemas de saúde. Ele foi sedado e colocado em coma induzido. Até o momento, não há confirmação sobre se tratar de um possível caso de Covid-19.

Ricardo de Moura, ex-diretor da CBDA, se solidarizou com o ex-dirigente nas redes sociais. “No momento, Coaracy trava uma guerra ainda mais complexa. Na companhia de Deus, em uma cama de hospital, luta pela vida. Até mesmo sua família não pode estar com ele no momento, por razões de confinamento no CTI. Fique com Deus, Coará. Que você consiga, como sempre, vencer mais essa!”, escreveu.

A filha de Nunes, Luciana, também se pronunciou. “Como às vezes as palavras não vêm, faço das do Ricardo de Moura as minhas. Que hoje, no seu aniversário, o meu pai seja lembrado e que as orações, tragam paz e luz”, afirmou.

Nascido em Belém-PA, Nunes é advogado e ocupou cargos importantes no Fluminense (diretor de esportes olímpicos) antes de chegar ao comando da natação brasileira em 1988. Após alcançar o cargo, foi reeleito seis vezes e viu o Brasil conquistar dez medalhas olímpicas durante o seu mandato.

A partir de 2016, no entanto, Coaracy passou a enfrentar problemas com a Justiça e virou alvo da Operação Águas Claras. O Ministério Público de São Paulo investigou desvio de verbas por parte do dirigente, que acabou afastado da CBDA e preso pela Polícia Federal em 2017. Ele acabou solto dois meses depois, via habeas corpus, e sempre negou as acusações.

Em junho de 2018, o MP-SP apresentou nova denúncia contra o ex-dirigente. Segundo o órgão, Coaracy e outros dirigentes e empresários atuaram no favorecimento da agência de turismo Roxy e no superfaturamento de passagens e hospedagens durante torneios no exterior e no Brasil, inclusive na preparação para a Olimpíada do Rio de Janeiro.  Ele foi acusado por organização criminosa, peculato e fraude a licitações.

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