Bitcoin: bolha, moda ou ativo de verdade?

Doze anos atrás, um sujeito chamado Satoshi Nakamoto enviou publicou o artigo (ou paper) “Bitcoin: Um sistema de Dinheiro Eletrônico Peer-to-peer”. Para muitos, a novidade monetária mais importante desde a invenção das moedas.

Durante os nove anos seguintes o bitcoin ficou restrito aos entusiastas. Enquanto mais computadores se ligavam à sua rede e novos bitcoins eram minerados, o mercado financeiro e os investidores em geral ignoravam o fenômeno. 

Até que chegou 2017. Naquele ano o preço da criptomoeda começou a subir sem parar, o assunto chegou à imprensa especializada, depois à capa da Veja e quando percebemos até o Fantástico estava falando disso. 

O preço do bitcoin passou dos US$ 19 mil em dezembro de 2017, apenas para, em 2019, voltar ao patamar de US$ 3.000, em um movimento especulativo cujo gráfico lembrava os de grandes bolhas especulativas.

Como você sabe, qualquer mercado é feito de altas e baixas e o de criptomoedas está aquecido de novo. Hoje o bitcoin é negociado em preços próximos a cerca de US$ 17 mil, quase no seu topo histórico e pela primeira vez um gestor, em uma entrevista nos disse que comprou criptomoedas “como pessoa física”

“É isso que tem acontecido. O gestor primeiro compra na física, depois aporta dinheiro do fundo”, diz Fernando Ulrich, da Liberta Investimentos, pioneiro dos criptoativos no Brasil, e convidado do episódio desta semana do Stock Pickers.

Samir Karbage, CTO da Hashdex, criadora de um índice de criptomoedas negociado na Nasdaq e responsável por este direito de resposta aqui, também veio nos ajudar a entender o que acontece com as criptos. “A infraestrutura está pronta e os investidores institucionais estão chegando”, diz Karbage.