Oi tem prejuízo de R$ 2,63 bi, queda de 54%; B3, Cyrela, Sabesp e mais balanços e outros destaques

Oi tem prejuízo de R$ 2,63 bi, queda de 54%; B3, Cyrela, Sabesp e mais balanços e outros destaques

novembro 13, 2020 Off Por Today Newsroom

(Foto: Reprodução)

SÃO PAULO – Na sessão desta sexta-feira (13), o mercado deve repercutir o noticiário corporativo mais uma vez movimentado com a divulgação de diversos resultados, com destaque para Oi, B3, Natura & Co, Sabesp, entre outros destaques. Confira abaixo:

A Oi, em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido atribuível aos controladores de R$ 2,63 bilhões no terceiro trimestre de 2020, 54,1% abaixo do prejuízo líquido de R$ 5,74 bilhões obtido no mesmo trimestre de 2019.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 6,4% no período, a R$ 1,46 bilhão, frente o R$ 1,37 bilhão na mesma base de comparação.

A receita líquida total somou R$ 4,70 bilhões, 5,9% menor frente os R$ 5 bilhões do mesmo período de 2019.

A dívida líquida foi de R$ 21,2 bilhões, 44,4% acima da dívida líquida de R$ 14,7 bilhões do mesmo período do ano passado.

Beneficiada pelo atual cenário de juros baixos no país e aumento da educação financeira, que gerou uma onda de investidores pessoas físicas na Bolsa brasileira, a B3 registrou um aumento de 57,9% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2020, na comparação anual, para R$ 1,136 bilhão. Desde o começo do ano, a base de investidores de varejo na B3 cresceu 84% e atingiu 3,1 milhões de contas em setembro.

“A manutenção dos altos volumes negociados em nossas plataformas contribuiu com um sólido desempenho financeiro e geração de caixa robusta durante o terceiro trimestre”, afirmou a operadora da Bolsa brasileira. “O crescimento das receitas combinado com disciplina na gestão de despesas resultou em crescimento das nossas margens, refletindo a nossa alavancagem operacional”, completou.

A receita líquida da companhia ficou em R$ 2,289 bilhões entre julho e setembro deste ano, um aumento de 49,6% sobre o mesmo período de 2019. Enquanto isso, as despesas da empresa caíram em 4,3%, na mesma base de comparação, para R$ 648,5 milhões.

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Já o Ebitda recorrente da B3 saltou 50,1% no terceiro trimestre de 2020, frente a igual período do ano passado, totalizando R$ 1,666 bilhão. A margem Ebitda recorrente (relação percentual entre o Ebitda e a receita líquida) passou de 72,5% para 79,2%.

“Em linha com nosso objetivo de ter uma estrutura de capital adequada para a companhia, realizamos em agosto, emissão de debênture no mercado local de R$ 3,55 bilhões e, em julho, liquidamos o Global Bond 2020, de US$612 milhões, chegando a um endividamento bruto de 1,2x Ebitda recorrente”, destacou a B3.

“Além disso, nesse trimestre encerramos, por meio de um acordo no valor de R$ 140 milhões, a discussão jurídica com a Massa Falida da Spread Corretora. Para esse litígio, havia uma provisão de R$ 379 milhões em nosso balanço (em 30/06/2020), e o encerramento da ação trouxe impacto em diversas linhas do nosso resultado”, completou.

A B3 reduziu sua projeção de endividamento para 2020, que passou a ser de até 1,2x Dívida Bruta/Ebitda recorrente dos últimos 12 meses — antes, era de até 1,5x. Em 2019, foi de 1x.

As demais projeções da empresa para este ano foram mantidas, como a distribuição do lucro aos acionistas entre 120% e 150% do lucro líquido societário. Em 2019, foi de 130%.

Natura & Co (NTCO3)

A Natura &Co registrou lucro líquido de R$ 377,7 milhões no terceiro trimestre de 2020, o número é praticamente estável em relação ao apresentado um ano antes, R$ 376,8 milhões.

O Ebitda do grupo ficou em R$ 1,457 bilhão, alta de 32,8%. E a receita líquida atingiu R$ 10,4 bilhões, uma alta de 31,7%.

O grupo também informou em fato relevante que voltou a projetar as sinergias com a Avon entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões, entre 2020 e 2024. “O valor estimado não compreende os custos para a implementação das iniciativas atreladas a essas sinergias, os quais são estimados por Natura &Co em aproximadamente US$ 190 milhões ao longo do mesmo período de 2020 a 2024”, diz o comunicado da empresa.

No release de resultados, a empresa diz que as sinergias de custo da integração da Avon ficaram em US$ 17,6 milhões no terceiro trimestre de 2020, acima das estimativas. “Os resultados alcançados neste trimestre estão relacionadas principalmente a sinergias administrativas e de suprimentos, incorrendo em custos de captura de US$ 11,5 milhões”, diz o Grupo.

A Natura &CO termina o trimestre com R$ 8 bilhões em posição de caixa.

A incorporadora paulistana Cyrela Brazil Realty, da família Horn, teve lucro líquido de R$ 1,403 bilhão no terceiro trimestre de 2020, montante 13,5 vezes maior do que o lucro de R$ 104 milhões no mesmo período de 2019.

O resultado foi recorde na história da companhia e acabou impulsionado, principalmente, pelos ganhos de R$ 1,153 bilhão oriundos das ofertas iniciais de ações (IPOs) das incorporadoras Lavvi, Cury e Plano & Plano.

Já o lucro líquido ajustado, que exclui o ganho com os IPOs, foi de R$ 250 milhões, o que representa um aumento de 140% na mesma base de comparação anual.

Mesmo sem os ganhos com as operações na Bolsa, a Cyrela se beneficiou do aumento dos lançamentos e das vendas nos últimos trimestres, com avanço expressivo na receita e diluição de custos, levando a margens mais altas.

A margem bruta subiu 2,3 pontos porcentuais, para 32,5%. A receita líquida cresceu 59,6%, para R$ 1,164 bilhão. Os lançamentos foram de R$ 1,893 bilhão, alta de 52%. E as vendas, de R$ 1,822 bilhão, aumento de 56,4% – conforme há havia mostrado o relatório operacional prévio.

A incorporadora também reportou no trimestre impacto negativo de R$ 24 milhões devido às contingências judiciais, pagos em despesas gerais e administrativas.

A Cyrela chegou ao fim do terceiro trimestre com dívida bruta de R$ 2,432 bilhões, recuo de 2,6% ante o fim do segundo trimestre. Nesse período, as disponibilidades em caixa subiram 39,7%, para R$ 2,396 bilhões. Como resultado, a dívida líquida encolheu 95,4%, para apenas R$ 36 milhões.

O lucro líquido ajustado da Cyrela, de R$ 250 milhões, foi 131% maior do que a média das estimativas de quatro instituições financeiras (BTG Pactual, JPMorgan, Morgan Stanley e Santander) consultadas pelo Prévias Broadcast, que apontava para R$ 109 milhões. A receita da companhia, de R$ 1,164 bilhão, superou em 19% as expectativas de R$ 981 milhões.

Centauro (CNTO3)

A rede varejista Centauro teve prejuízo líquido de R$ 33,251 milhões no terceiro trimestre de 2020, revertendo a marca positiva de R$ 38,413 milhões vista um ano antes, de acordo com balanço divulgado há pouco. O Ebitda do período foi de R$ 31,004 milhões, queda de 73,5% sobre os R$ 117,076 milhões do mesmo período de 2019. A margem Ebitda ficou em 5,4%, queda de 13,4 pontos porcentuais na comparação anual.

A receita líquida da empresa entre julho e setembro foi de R$ 569,039 milhões, queda de 8,4% sobre o ano passado. A Centauro destaca o crescimento de 104,9% na receita de plataformas online, a R$ 209,535 milhões, o que abateu parcialmente a queda de 30,7% nas receitas de lojas físicas (R$ 359,504 milhões).

“Apenas em setembro todas as lojas da companhia se encontravam reabertas durante todos os dias do mês mas ainda com restrições de horário de funcionamento dos shoppings e experimentação limitada”, comenta a varejista. O volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) consolidado da Centauro nas plataformas online foi de R$ 296,4 milhões no trimestre, crescimento de 120,3% sobre o mesmo período 2019.

O resultado financeiro da Centauro foi de R$ 31,155 milhões negativos no trimestre, piora ante as despesas de R$ 13,899 milhões de 2019. A empresa diz que houve um aumento de despesas financeiras no trimestre devido aos esforços realizados para reforço de caixa no início da pandemia. O fluxo de caixa operacional foi de R$ 80,247 milhões, aumento de 97,1% sobre 2019, com iniciativas para melhora de capital de giro durante a pandemia.

A empresa terminou setembro com saldo de caixa líquido de R$ 850,787 milhões, refletindo as novas dívidas e o ‘follow on’ da companhia, operações realizadas para reforçar o caixa durante a pandemia e para financiar eventuais transações. Os investimentos somaram R$ 44,522 milhões no trimestre, aumento de 5,4% sobre 2019, com a retomada dos projetos de reforma de lojas e novas contratações.

A CPFL Energia registrou lucro líquido de R$ 1,352 bilhão no terceiro trimestre de 2020, o que corresponde a um crescimento de 80,8% na comparação com os R$ 748 milhões reportados no mesmo período do ano passado.

A geração de caixa medida pelo Ebitda consolidado do grupo somou R$ 1,954 bilhão, alta de 20,8% na mesma comparação.

A Receita líquida entre os meses de julho e setembro chegou a R$ 7,781 bilhões, alta de 0,4% frente o reportado no mesmo período do ano passado.

O resultado financeiro correspondeu a uma despesa financeira líquida de R$ 192 milhões, 45,1% maior que os R$ 132 milhões anotados de julho a setembro do ano passado.

Com a recuperação observada nesse trimestre, a CPFL anotou lucro de R$ 2,7 bilhões no acumulado do ano, alta de 43,7% frente o mesmo período de 2019. O Ebitda consolidado voltou a mostrar expansão no acumulado no ano, com alta de 4,4% na comparação com o período de janeiro a setembro de do ano passado, para R$ 4,858 bilhões, enquanto a receita líquida ainda apresenta recuo, de 1,3%, para R$ 21,625 bilhões.

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) registrou lucro líquido de R$ 680,4 milhões no terceiro trimestre de 2020, crescimento de 10,9% em relação ao mesmo período de 2019, e queda de 57,3% ante o resultado do segundo trimestre deste ano.

O Ebitda ficou em R$ 1,134 bilhão entre julho e setembro, uma queda de 11,1% ante o mesmo período do ano passado, e de 34,1% em relação ao segundo trimestre. O Ebitda ajustado com operações descontinuadas chegou a R$ 1,24 bilhão, aumento de 28,3% na comparação com o terceiro trimestre de 2019.

A receita operacional líquida da Copel no trimestre ficou em R$ 4,329 bilhões, aumento de 3,6% na comparação anual. O resultado financeiro ficou positivo de R$ 46,95 milhões, ante valor negativo de R$ 126,7 milhões no mesmo período de 2019.

A operadora de saúde Hapvida divulgou o balanço referente ao terceiro trimestre de 2020, quando apresentou lucro líquido de R$ 247,8 milhões, alta de 16,7% na comparação com o mesmo período de 2019. O Ebitda entre julho e setembro foi de R$ 512,2 milhões, marca 93,8% maior que o ano passado. A margem Ebitda ficou em 24,1%, ganho de quatro pontos porcentuais sobre o ano anterior.

A receita líquida da Hapvida no trimestre foi de R$ 2,126 bilhões, marca 61,6% maior que o visto entre julho e setembro de 2019. De acordo com a empresa, o resultado foi influenciado por R$ 523 milhões vindos do Grupo São Francisco, adquirido em maio do ano passado, aumento de 7,6% no tíquete médio de planos médicos e pelo aumento de 2,3 milhões na base de beneficiários de saúde e odonto, 6,401 milhões de clientes, elevação de 56,9% sobre o ano passado.

Já a sinistralidade do grupo entre julho e setembro, que mede os ressarcimentos por atendimentos e procedimentos utilizados por seus clientes, foi de 60,4% da receita líquida, queda de 1,8 ponto porcentual ante o ano passado, ainda impactada pela pandemia do novo coronavírus. “A companhia continua apresentando ganhos de eficiência operacional em função dos projetos de gestão de sinistro e de promoção de saúde e bem-estar”, diz a empresa, comentando também a queda nos ressarcimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS), de R$ 13,5 milhões no período.

O resultado financeiro líquido da Hapvida no terceiro trimestre foi uma despesa de R$ 20,5 milhões, influenciado pelo maior volume de despesas com juros, multas e correção monetária, menores receitas financeiras como consequência do saldo de investimentos e também pela baixa taxa Selic. O fluxo de caixa livre foi de R$ 414,6 milhões no período, aumento de 111,1% sobre o ano anterior, como amortização de mais-valia da carteira de clientes e das marcas das empresas adquiridas.

Em termos de endividamento, a empresa fechou setembro com um saldo de R$ 2,005 bilhões, composto da captação de sua primeira emissão de debêntures, além de um saldo de dívida remanescente proveniente do balanço das empresas adquiridas de R$ 38,6 milhões.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) teve lucro líquido de R$ 421,6 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 65,1% na comparação com o R$ 1,208 bilhão registrados um ano antes. No acumulado do ano, a Sabesp tem lucro líquido de R$ 141,8 milhões, queda de 93,9% ante igual período em 2019.

O Ebitda ajustado foi de R$ 1,513 bilhão, queda de 49,7% também na comparação anual. A margem Ebitda ajustada foi de 34,1%, ante 55,6% no terceiro trimestre de 2019.

A receita operacional líquida da companhia de saneamento foi de R$ 4,438 bilhões no terceiro trimestre, recuo de 18% na comparação anual. No acumulado do ano até setembro, a Sabesp teve receita de R$ 11,105 bilhões, o que representou um declínio de 8,2% ante igual período de 2019. No trimestre, a receita de construção aumentou 50,6%, para R$ 1,053 bilhão. No acumulado do ano, houve alta de 30,3%, para R$ 2,594 bilhões.

Os custos, despesas administrativas e comerciais e custos de construção apresentaram um acréscimo de R$ 588,6 milhões (20,5%) entre julho e setembro. Desconsiderando os custos de construção, o acréscimo foi de R$ 242,6 milhões (11,1%). Em um ano, a participação dos custos, despesas administrativas e comerciais e custos de construção na receita líquida passou de 53% para 77,9% no terceiro trimestre.

Segundo a empresa, a instabilidade econômica, agravada pela covid-19, trouxe reflexos negativos para seus resultados, entre eles a redução de R$ 275 milhões nas receitas com clientes comerciais e industriais. Já a postergação do reajuste tarifário representou um impacto líquido estimado de R$ 65,6 milhões sobre a receita operacional. “A reposição deste impacto já foi autorizada pela Arsesp e iniciada em agosto de 2020”, ressalta a Sabesp no informe de resultados.

A isenção de pagamento dos clientes das categorias de uso “Residencial Social” e “Residencial Favela”, por sua vez, teve um impacto estimado no nível de inadimplência de R$ 51,6 milhões, elevando em R$ 75,1 milhões as perdas previstas com créditos de liquidação duvidosa.

No trimestre, segundo a companhia, também houve o reconhecimento de despesa relacionada ao encerramento de processos judiciais, não recorrente, devido à celebração de acordo com o município do Guarujá, no valor de R$ 46,9 milhões.

A Petrobras voltou a adiar o prazo final de implementação do acordo com a empresa de sondas Sete Brasil, da qual a estatal está deixando o quadro de acionistas.

Segundo comunicado feito nesta quinta-feira, 12, pela companhia, a diretoria da Petrobras mudou para 31 de janeiro a data final para que sejam implementadas condições precedentes previstas no acordo. Esta é a terceira alteração do prazo, que venceria no próximo sábado.

Anunciado originalmente em dezembro passado, o acordo com a Sete Brasil prevê a manutenção de alguns contratos com a fornecedora e a saída da estatal do quadro de acionistas.

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