Curados de covid-19 mantêm imunidade por 6 meses, mostra estudo

Curados de covid-19 mantêm imunidade por 6 meses, mostra estudo

novembro 3, 2020 Off Por Today Newsroom

(Getty Images)

Um tipo crucial de célula sanguínea defensiva persiste por pelo menos seis meses em pessoas que foram curadas da covid-19, mesmo aquelas que não apresentavam sintomas. É o que mostra um novo estudo que pode diminuir a preocupação sobre a imunidade e suas implicações para uma vacina.

A pesquisa realizada com 100 pessoas mostra que todas tiveram respostas de células T contra uma gama de proteínas do coronavírus, incluindo a proteína spike usada como um marcador em muitos estudos de vacinas, após meio ano. Aqueles que apresentaram sintomas tiveram níveis pelo menos 50% mais altos do que aqueles assintomáticos.

À medida que algumas vacinas se aproximam da linha de chegada na corrida por um imunizante, ainda não está claro quanto tempo duraria a proteção oferecida. Um pequeno número de pacientes adoeceu de Covid-19 duas vezes.

“Esta é uma notícia promissora”, disse Fiona Watt, presidente executiva Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido. “Se a infecção natural com o vírus pode provocar uma resposta robusta de células T, então isso pode significar que uma vacina poderia fazer o mesmo.”

Um estudo anterior, publicado no mês passado pelo Imperial College de Londres, levantou a preocupação de que as defesas imunológicas possam diminuir, uma vez que mostrou que a porcentagem de britânicos com anticorpos diminuiu com o tempo.

As células T não são anticorpos. Elas são glóbulos brancos que podem se lembrar de doenças passadas, matar células infectadas por vírus e despertar anticorpos para as defesas de comando quando necessário. Pessoas infectadas com outro coronavírus responsável pela epidemia de SARS em 2003, por exemplo, ainda apresentam resposta de células T à doença 17 anos depois.

O estudo, feito por um grupo de imunologistas de 17 universidades chamado Consórcio de Imunologia de Coronavírus do Reino Unido, ainda não foi revisado por pares. Ele pode ser o primeiro a mostrar que uma memória celular robusta contra o vírus persiste por esse período de tempo, disseram os autores.

Nenhum dos pacientes cujas amostras de sangue e soro foram estudadas havia sido hospitalizado com covid-19.

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