Fundos da RPS Capital priorizam ativos globais
outubro 14, 2020Um novo ciclo de retomada da economia global se desenha no horizonte. O Brasil, por sua vez, segue cercado de incertezas. A perspectiva de piora do quadro fiscal contribui para que grande parte dos ativos tenha o preço deteriorado. As opções de investimentos domésticos ficam ainda menores em meio ao patamar mínimo da taxa básica de juros — 2%.
Com base na avaliação desse cenário, os gestores da RPS Capital reafirmam a estratégia de criar um portfólio de ações globais para driblar as incertezas do Brasil. A mesma tese é replicada nos cinco fundos que administram, o que representa R$ 3 bilhões em patrimônio. Dois deles, que contemplam ativos globais com foco em ações, seguem recebendo novos aportes por meio da plataforma da XP Investimentos, do BTG Digital, entre outras.
O RPS Equity Hedge, fundo multimercado com visão de longo prazo e perfil conservador, é desenhado para dar retorno médio anual de 5% mais CDI. Parte relevante do seu portfólio está alocada em papéis de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos como Facebook, Amazon, Google, Apple e Microsoft. “As companhias de maior porte e com capacidade tecnológica relevante estão saindo na frente por conseguir ter uma relação mais próxima com o cliente”, diz Paolo Di Sora, CIO e sócio fundador da RPS Capital, ao se referir ao momento de pandemia.
Em sua avaliação, a política expansionista adotada pelos Bancos Centrais dos Estados Unidos e da Europa — na tentativa de amenizar os efeitos da crise da Covid-19 — favorece as grandes empresas, que contam com instrumentos para se capitalizar no mercado financeiro. Isso lhes dá possibilidade de diversificar e aperfeiçoar partes importantes dos negócios em um momento peculiar da economia.
“Existe um abismo no acesso ao poder de capital entre as grandes empresas em relação às menores”, diz Sora. “Escolhemos privilegiar os negócios focados em tecnologia”. Como complemento, a porção mais conservadora do fundo é formada por ações de empresas líderes em setores cíclicos, como o das commodities. A expectativa de enfraquecimento do dólar, alta da inflação no longo prazo e juro real negativo favorece o preço de produtos de exportação, como minério de ferro.
A tendência de retomada da atividade mundial também beneficia o setor à medida que contribui para a continuidade da evolução do segmento de infraestrutura da China. Nesse contexto, as ações da Vale, maior exportadora da matéria prima para o mercado chinês, também fazem parte do portfólio. “A divisão do risco é 50% direcional e 50% setorial”, afirma Sora.
RPS Long Bias
Voltado para investidores de perfil moderado a agressivo, dispostos a entrar na Bolsa de Valores com alguma proteção, o RPS Long Bias é um fundo de ações que mantém posições compradas nos mesmos ativos locais e estrangeiros que o Equity Hedge, o que inclui também empresas de e-commerce e do setor financeiro.
O RPS Long Bias se difere pela maior exposição ao risco que, no entanto, é controlada. O seu nível de volatilidade fica entre 12 e 15%, porcentagem mais baixa do que a média histórica da Bolsa brasileira, que é de 25%.
Com aporte inicial de R$ 5 mil, aberto para captação nas maiores plataformas de investimento, como XP Investimentos, BTG Digital, Órama, Easynvest, Modal, entre outras, a estratégia do fundo visa agregar entre 70 e 80% da alta da Bolsa. Na contramão, em momentos de queda, o percentual de perda gira entre 40% e 50%. “Uma parte importante de proteção é feita por meio de derivativos”, afirma Sora.
As diferentes dinâmicas de investimento refletem a vasta experiência dos gestores da RPS Capital, casa independente que está no mercado desde 2013. São sete sócios e 10 pessoas do time de gestão, todos com longa trajetória no mercado financeiro. Com meta de gerir recursos com transparência e visão de longo prazo, não à toa, as iniciais da RPS remetem às palavras Respeito, Performance e Sustentabilidade.
Mais informações sobre os fundos podem ser acessadas no site www.rpsfundos.com.br.
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