Doria promete vacinação de toda a população do estado de São Paulo até fevereiro de 2021
setembro 21, 2020SÃO PAULO – Nesta segunda-feira (21), o governador João Doria (PSDB) anunciou que os 46 milhões de moradores do estado de São Paulo serão vacinados contra o novo coronavírus até fevereiro de 2021.
Segundo Doria, para que essa estimativa seja cumprida, é essencial que os testes clínicos da vacina CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, tenham resultados positivos.
“Aos brasileiros de São Paulo, garanto que teremos a vacina para atender a totalidade da população já no final deste ano e ao longo dos dois primeiros meses de 2021. Temos que, evidentemente, terminar esta terceira fase de testagem e esperamos que tudo ocorra bem”, informou o governador, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
No último domingo (20), Doria já havia anunciado, em sua página do Facebook, que o Instituto Butantan vai receber as primeiras 5 milhões de doses da vacina e a expectativa é de que até dezembro o número total de doses chegue a 46 milhões.
A ampliação da quantidade de vacinas disponíveis será possível em virtude da transferência de tecnologia da farmacêutica para o instituto, que passará a produzir o imunizante. Veja como funciona um acordo de transferência de tecnologia entre laboratórios para a produção autônoma de uma vacina.
Anteriormente, o governo paulista já havia anunciado que vai construir uma fábrica com capacidade de produzir 120 milhões de doses da vacina.
De acordo com o governador, o governo conseguiu arrecadar cerca de R$ 97 milhões em doações com a iniciativa privada para a construção dessa fábrica. O montante representa 60% do custo total do projeto, de R$ 160 milhões. “Fisicamente, essa fábrica já existe, mas ela será adaptada, ampliada, modernizada e equipada”, afirmou Doria na ocasião.
Segundo estimativas do governo, a reforma deve ser concluída até o final de 2021 e a fábrica deve operar com plena capacidade em 2022. Com a fábrica, a produção das vacinas deve aumentar significativamente para suprir a demanda nacional pelo medicamento.
Vacina da Sinovac
A farmacêutica chinesa Sinovac está desenvolvendo, junto com o Instituo Butantan, a CoronaVac. O medicamento começou a ser testado nacionalmente em julho em mais de 9 mil voluntários.
Junto com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, a vacina da Sinovac é uma das mais avançadas na etapa de testes clínicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).